A vitória avaliza modelos administrativos. Proporciona ampliação de espaços de poder. Tal conceito seria encaixado em conjunturas tranquilas e normais, nunca no futebol campineiro e no seu principal clássico.
Independentemente do resultado de domingo, já é certo cravar que nenhum dirigente, seja remunerado ou estatutário poderá bradar aos quatro cantos que a sua forma de comando é avalizada por todos os torcedores.
Na Ponte Preta, não existe diretor de futebol nomeado ou executivo. Tudo está centralizado na figura do presidente da Diretoria Executiva Marco Antônio Eberlin. Tudo passa pelo crivo: contratações de atletas, jogadores, planejamento de melhorias, definição do estilo das categorias de base…tudo, absolutamente tudo. Com o título da Série A-2, tudo deveria encontrar-se em mares tranquilos.
Nada disso.
As torcidas organizadas lhe apoiam, é verdade, mas também é certo e notório dizer que o torcedor comum, aquele que frequenta as redes sociais demonstra um alto índice de rejeição.
O Guarani segue um caminho inverso. Pelo estatuto, tem um Conselho de Administração com poder pulverizado, além de um superintendente executivo de futebol (Rodrigo Pastana), um superintendente administrativo (Marcelo Tasso) e agora um CEO, que no caso é o presidente Ricardo Moisés.
Apesar desta repartição de poder, as reclamações nas redes sociais são costumeiras. Outra indignação é quanto a falta de outras vozes – principalmente oposicionistas – no dia a dia político do clube.
Resumo da ópera: seja qual for o vencedor, os dirigentes continuarão como os vilões para uma parte das arquibancadas do Brinco de Ouro e do estádio Moisés Lucarelli.
(Elias Aredes Junior com foto de Álvaro Junior-Pontepress)