Guarani e uma necessidade: a alegria no final não pode apagar os erros cometidos

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Como o centroavante Bruno Mendes deixou tudo igual a poucos minutos do encerramento do dérbi 205, é evidente que ficou um gosto de alivio no torcedor do Guarani após o  dérbi 205. Ninguém iria conformar-se em perder um jogo em que a equipe criou várias chances de gol, dominou boa parte do primeiro tempo e contou com jogadores de bom nível técnico.

Sim, Bruno Pivetti deu uma cara ao Guarani. Um time mais eficiente para marcar, que não dá brechas aos oponentes e que tem um contra-ataque interessante com Bruninho. Isso não exime sua responsabilidade de alguns pontos que precisam ser aprimorados no time titular.

Primeiro: preciosismo nas conclusões. Em vários lances, inclusive, dentro da área, o Guarani tocava a bola, os jogadores tinham condição de concluir mas sempre buscavam a melhor pose, o melhor ângulo. Caíque França teve mérito? Concordo. Mas os jogadores bugrinos ajudaram. Muito.

Outro detalhe é a marcação e o espaço deixado pelos laterais. Em diversos trechos do jogo, os laterais avançavam e muitas vezes a cobertura vacilava e deixava um espaço que não foi aproveitado pela Macaca.

Isso pode e deve ser corrigido no gramado. O que parece que não dá para corrigir é o futebol de Matheus Barbosa, que seus erros de passes e botes equivocados quase colocou tudo a perder. Ah! É lógico que ele tem alto aproveitamento de passes. O motivo é que boa parte são curtos e dados de lado. Assim fica fácil.

Para terminar um tema delicado: o rendimento físico. Ficou evidente o crescimento da Ponte Preta em virtude de sua imposição física. Em vários trechos da etapa final, os jogadores do Guarani simplesmente não conseguiam acompanhar e por vezes perdiam divididas.

São problemas que hoje o torcedor pode até não considerar preocupantes. Mas podem se transformar em um cupim capaz de deixar o oco e vazio o trabalho de Bruno Pivetti.

(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan- Guarani F.C)