Eu já contei essa história por diversas vezes. Vale a pena repetir. Quando conquistou o vice-campeonato da Série B de 2009, o Guarani treinado por Oswaldo Alvarez teve uma abrupta oscilação e não conseguiu vencer adversários do porte de Portuguesa e Atlético-GO. O presidente Leonel Martins de Oliveira não deu ouvidos ás reclamações e o resto é história.
Não conheço e nunca vi pessoalmente o técnico Bruno Pivetti. Talvez ele não conheça meu trabalho. Só que fritar sua gestão neste instante e de modo indireto pedir a sua saída é uma insanidade cometida por parte relevante da torcida do Guarani.
Vamos aos fatos. Os 15 pontos somados em nove rodadas já um patamar quase igual ao do primeiro turno do ano passado, quando o Alviverde somou 18 pontos em 19 partidas. Se Mozart não tivesse empreendido a reação não estaríamos falando de Série B e sim de terceirona.
Em 2019, o desempenho foi ainda mais desastroso. O Guarani foi o lanterna do turno inicial com 16 pontos. Ou seja, sem Carpini, a terceirona teria chegado mais cedo. Assim como em 2020, quando ficou com 21 pontos na 14ª colocação. E se repetir neste ano, o desempenho dos nove primeiros jogos desta edição da Série B, a equipe terminará com 30 pontos, desempenho igual ao de 2021.
Desempenho preocupante pelo fato de que ainda vai enfrentar os ponteiros? Concordo? O time parece não ter pernas no segundo tempo? Verdade. Bruno Pivetti toma algumas decisões táticas que necessitam de explicações? De acordo.
Duro é que até hoje, queiramos ou não, as melhores campanhas do Guarani, em 2018 (nono lugar com 54 pontos) e de 2021 (sexto lugar com 60 pontos foram com técnicos que ficaram em toda a Série B ou em boa parte, no caso de Umberto Louzer e Daniel Paulista, respectativamente.
Deve-se cobrar para pedir os ajustes necessários. É justo, correto e salutar. O que não dá é acionar o modo desespero. Aí é pedir para viver um novo dissabor.
(Elias Aredes Junior-Com foto de Victor Mendes/Tombense)