Ponte Preta, Hélio dos Anjos e o reforço do discurso de austeridade por parte da Diretoria Executiva

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Vamos começar do básico: o clube assina contrato com quem quiser. Agora precisa cumprir aquilo que está determinado no documento. Hélio dos Anjos entrou na justiça para receber aquilo que tem de direito. A informação é do portal Globo Esporte.com

A reclamação do ex-treinador é que recebeu apenas R$ 321.566,70 da primeira parcela e pediu que o clube fosse citado para pagar no prazo de 48 horas, o restante das parcelas (R$578.611,02), com acréscimo de 30% (R$173.583,30). A Macaca teria que pagar também mais R$ 75.219,43 por honorários advocatícios.

Na reportagem de Heitor Esmeriz, a Macaca afirma em nota que pretende quitar o débito e existe um otimismo de que tudo estará resolvido nos próximos dias. Ao entrar em contato com este repórter, a equipe de apoio do treinador confirmou a disposição de acordo, que não há intenção de prejudicar a Macaca e que os primeiros contatos foram feitos com o presidente Marco Antonio Eberlin. Resumidamente, esta é a noticia.

O que pouca gente consegue raciocinar é que todos os fatos geram uma consequência negativa para a instituição para reforçam a linha de atuação da Diretoria Executiva da Ponte Preta. Eberlin nunca escondeu a sua disposição de economizar na contratação de treinadores. Pagar salários que não comprometam as finanças do clube.

Pergunto: como achar normal que uma única pessoa receba mais de R$ 900 mil sendo que o time tem um orçamento que não chega sequer a R$ 50 milhões por ano? Sim a Macaca tem que pagar. Mas este investimento justificou o retorno dado pelo técnico? Que é um profissional correto. Aliás, corretissimo. Mas tais meandros precisam ser analisados.

Os números requisitados por Hélio dos Anjos só reforçam o pensamento de austeridade na Ponte Preta para o futuro. É bom? É ruim? O tempo dirá.

(Elias Aredes Junior-com foto de Diego Almeida-Pontepress)