Guarani e um primeiro turno nota 06. É preciso mais para buscar o acesso

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O Guarani terminou o turno inicial da Série B com 32 anos. A melhor pontuação desde que retornou á divisão em 2017. Então deve merecer uma avaliação estupenda? Nem tanto. De 0 a 10, este articulista concede nota 6 para a produção bugrina no primeiro turno. A pontuação é um dos componentes que definem a performance de uma equipe.

Não há como ignorar o desempenho avassalador dentro de casa e um aproveitamento de 81,48%, algo construído tanto por Bruno Pivetti como por Umberto Louzer e os jogadores. E como visitante? Aí o caldo entorta. São 10 pontos em 10 rodadas. Não dá para aceitar um desempenho tão pifio. É preciso melhorar. Muito.

A avaliação mediana do Guarani justifica-se por algumas partidas com fraco desempenho. Cito os jogos contra Sport, Juventude, Botafogo-SP e diante do CRB em casa. Foram apresentações que estiveram longe de alguém sedento pela primeira divisão.

Para completar, existem alguns atletas com necessidade de ritmo. Régis pode e deve jogar melhor. Apesar do desempenho de alto nível contra o Atlético-GO, o lateral-direito Diogo Matheus produziu bem aquém do que se pode esperar. Isaque alterna altos e baixos. A zaga, por sua vez, precisa buscar estabilidade. 

Mais: o banco de reservas não fornece as alternativas esperadas para todas as situações. Na prática, apenas Matheus Barbosa e Matheus Bueno são eficientes no trabalho de volantes.

Existe perspectiva de crescimento? Concordo. Especialmente pelo baixo índice de gols sofridos, 15. Ao mesmo tempo, o Guarani tem um trunfo que poucos têm, que são dois jogadores com alto índice de precisão. Juntos, Bruno Mendes e Derek fizeram 14 gols no total.

Não dá para dormir em berço esplêndido. O Guarani pode e deve sonhar com a primeira divisão. Mas tem que lutar. E mudar. Para não sofrer depois.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)