Guarani e uma pergunta para ser encaminhada aos dirigentes: quem tem medo do acesso?

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O Guarani começou a sua preparação para o jogo diante do Avaí com 32 pontos na bagagem. Está na luta para entrar no G4. Umberto Louzer aplica a sua metodologia de trabalho, com foco no aperfeiçoamento defensivo, na construção de jogadas pelos lados e a obsessão de anular os pontos fortes dos oponentes. Deu certo na Chapecoense. Pode embalar agora.

Só que existe algo subjetivo.

Que vai além das vitórias, pontuação e outras prioridades.

Posso definir em uma palavra: vontade. Desejo. Ambição.

Quando foi contratado em 2009 para a Série B, Vadão recebeu a missão de deixar o Guarani na divisão. Afinal, a equipe vinha de um rebaixamento no Paulistão. Ele subverteu os fatos e ficou no G4 as 38 rodadas. Vontade. Desejo. Foi o combustível para alcançar o olimpo.

Sete anos depois, na Série C, Marcelo Chamusca fez uma primeira fase impecável, perdeu o primeiro jogo do ASA de Arapiraca e carimbou o acesso no Brinco de Ouro com vitória por 3 a 0. Na semifinal, mesmo com desvantagem do primeiro confronto (perdeu de 4 a 0 em Natal), o time foi lá e venceu os 90 minutos decisivos por 6 a 0. Vontade. Desejo.

O cenário agora é complexo. Tenho convicção de que jogadores e comissão técnica estão com desejo e ambição de chegar entre os quatro primeiros. Mas precisa de ajuda e conexão. Da torcida nem precisa pedir. Para chegar a Série A, as arquibancadas farão o possível e o impossível.  E a diretoria? Tem o sonho de buscar o olimpo ou está com medo do acesso? As próximas 19 rodadas vão responder.

(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)