Ser pai e bugrino vai além de qualquer dimensão! É um presente da vida!

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Palavras definem sentimentos. Quando eu digo ou leio  a palavra Orgulho e procuro sua definição noi dicionário eu constato que é um  sentimento de prazer, de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra.

Em tempos de individualismo, de preponderância do ódio não existe nada mais libertador do que estufar o peito e jamais ostentar receio de ser pai. Aquele que é participativo, democrático, que divide a criação do filho de modo maduro e responsável. Que enterrou e desconstruiu o seu machismo. Um pai capaz de pegar a paixão pelo time e transferir aos filhos. Como definir o sentimento de um pai que torce para o Guarani?

Além do amor genuino, que bate no peito e transforma a vida daqueles que estão ao redor, o pai que comemora hoje o seu dia pode falar de peito cheio: o meu time tem história para contar. E meu filho sabe.

Você pode pegar os seus filhos no colo e relatar como aqueles homens conquistaram há exatos 45 anos o Campeonato Brasileiro de 1978. É possível pegar um recorte de jornal e relembrar a conquista da Taça de Prata de 1981. Ou o terceiro lugar na Taça de Ouro de 1982 com espantosos 85% de aproveitamento! Ou ainda o segundo lugar no Campeonato Brasileiro de 1986, o vice-campeonato paulista de 1988. Histórias, histórias. Quem não se encanta com elas? Como não ficar seduzido, encantado em seguir estes heróis que o pai acompanha desde menino? Não há como a criança não se apaixonar.

Decepções foram apuradas?

Muitas. Não devem ser escondidas. Mas assim como em sagas com enredo fantástico, o gigante não quer morrer.

Revive e pulsa. E eis que um dia o garoto ou  a garota quer conhecer aquilo de perto.

Quer vivenciar aquele espaço em que homens viraram deuses. Em que seres comuns entraram para a mitologia do futebol.

E você, bugrino apaixonado, esquece os problemas do dia dia, a bronca do chefe, as dificuldades do cotidiano e leva a cria no ombro. Dentro do estádio, vibra, chora, comemora e abraça aquele ser frágil como se não houvesse amanhã. Aposto como não esqueceu desses momentos. Ser bugrino é viver dentro de uma eterna aventura. Sempre bem acompanhado. Por aqueles que tem o seu sangue e o seu coração. Que é verde. Torcedor bugrino, Feliz Dia dos Pais!

(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)