Análise Guarani: os gestos já diziam que o acesso estava longe

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O torcedor do Guarani está indignado. O vídeo com as palavras de Lucas Drubscky está presente em todas as redes sociais e aplicativos de mensagem. Sua declaração de que o objetivo do Conselho de Administração era sempre a busca da permanência na Série B levou muitos torcedores a um sentimento de frustração poucas vezes vista.

Por incrível que pareça, é uma declaração cuja as pistas foram dadas durante todo o transcorrer da Série B. Vamos aos fatos. Quando o Guarani chegou ao auge na competição, com presença no G4 e com a sequência de três vitórias contra Ponte Preta, Chapecoense e Tombense, algo chamou atenção: o silêncio. Sim. Pense. Que vitrine melhor do que o time que você montou encontrar-se nas primeiras colocações e com chance de disputar a divisão de elite no ano seguinte? Pois é.

Apesar das promoções para o Sócio Torcedor, política de ingresso mais agressiva, faltou um ponto fundamental: o incentivo do presidente do clube, do CEO ou de qualquer dirigente de que aquele movimento não fosse interrompido. Evidente que o futebol deve ser conduzido com profissionalismo, planejamento e técnicas modernas de gestão. Mas algumas características são próprias do futebol brasileiro. Não vão mudar. E uma delas, especialmente no modelo associativo, é o contato do dirigente com a opinião pública. É a sua declaração pública de quer e deseja aquele objetivo.

Faça uma visita a história do Guarani: quantas vezes Leonel Martins de Oliveira, Luiz Roberto Zini e Horley Senna utilizaram os microfones e as redes sociais para dizer para onde desejavam levar ao time bugrino. Em qual momento os dirigentes bugrinos deram declarações ou fizeram atitudes que levaram a confirmar junto ao torcedor de que o nível de desejo dos gabinetes era o mesmo das arquibancadas?

Ninguém sabia, mas a postura e as atitudes mostraram o desfecho verificado nas nove rodadas finais. A saída agora é pedir uma mudança de postura para 2024.