Uma camisa, 113 anos de existência e a espera por um presente: o retorno de um Guarani pleno e forte!

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Hoje é aniversário do Guarani. Completa 113 anos de existência. Seus torcedores estão em festa pelos quatro cantos de Campinas, do Brasil e do mundo. Sonham com dias melhores. Almejam anos de glórias. Desejam voltar ao topo. Querem o retorno de dias em que o time não era alvo de empatia ou de solidariedade. Era temido. Respeitado. A camisa verde passava pelos oponentes como um trator.

Era capaz de vencer o Vasco no Maracanã, bater o Palmeiras no Morumbi, ultrapassar o Santos na Vila Belmiro ou no Brinco de Ouro e levantava taças.

Construía sua história em tempo real. Sem retoques ou disfarces.

Máquina do tempo não existe. Fica inviável retomar o passado. Só que em delírios diante do estádio Brinco de Ouro, o torcedor louco e apaixonado monta um mosaico na sua mente.

Ele visualiza um dirigente com a audácia de Jaime Silva, o senso de responsabilidade de Leonel Martins de Oliveira, o poder de liderança de Ricardo Chuffi e a capacidade no futebol profissional de Luiz Roberto Zini.

No vestiário, um técnico com o comando de Carlos Alberto Silva, mas que tivesse o espirito paternal de Zé Duarte e conhecimento tático de Oswaldo Alvarez. E, se pudesse, o amor pelo clube exalado por Giba. E um diretor de futebol como Michel Abib: vencedor.

Jogadores?

Impossível fazer um mosaico e juntar todos em um só.

São tantos times bons, talentos, históricos e de qualidade que não há como tirar um pedaço de um e de outro. Qual foi melhor? O que foi inesquecível?

A máquina de 1978?

A sinfonia comandada pelo maestro Jorge Mendonça em 1981 e 1982?

Ou a equipe solidária montada por Carlos Gainete e Pedro Pires de Toledo em 1986?

Ou o esquadrão vitimado pelo destino em 1988? Podemos acrescentar ao panteão do talento o frescor de 1994, puxado pela dupla Amoroso e Luizão.

Histórias, relatos, proezas…Tudo em apenas 11 camisas. Camisa que também abrigou Neto, Djalminha, Fumagalli…A lista é infinita!

Neste dia dois de abril, o único presente desejado pelo torcedor bugrino é único: ele quer o Guarani de novo em seus braços.

Nunca um Guarani pela metade que tentam lhe vender como algo inteiro. Querem um Guarani condizente com sua trajetória.

Que não seja coadjuvante.

Que seja capaz de produzir por intermédio de seus pés novos capítulos no futebol brasileiro.

Enquanto esse dia não vem, só resta dizer ao torcedor: Parabéns Guarani!

(Artigo escrito por Elias Aredes Junior-Arquivo GFC)