Em 2009, o Guarani estava no chão. Rebaixado no Campeonato Paulista, em péssimas condições financeiras e recém promovido na Série B do Brasileirão. O desespero tomava conta do Brinco de Ouro. O retorno á Série C parecia um fantasma que pairava no vestiário e nos gabinetes. Terminou como vice-campeão da competição nacional. Dois anos depois, após conseguir o acesso na Série A-2, o Alviverde viveu um terremoto, com atrasos de salários, ameaça de rebaixamento e uma guerra política sem fim.
Com Giba no banco de reservas e jogadores com brio foi possível escapar da queda e de certa forma construir as conquistas para a medalha de prata no Campeonato Paulista.
Antes do atual ciclo na Série B, não era incomum ver o Guarani com desempenho embaraçoso no torneio regional e depois construir uma campanha avassaladora no calendário nacional.
O que empurra a torcida do Guarani? Esperança. Que nada mais é do que o sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja. Se pudesse voltar no tempo, o torcedor bugrino passaria uma borracha na performance no Campeonato Paulista. Retornar a segundona regional seria um desastre de proporções inimagináveis.
Passada a tempestade, o que impede de sonhar com uma campanha redentora? O poderio econômico dos adversários, muitos vitaminados pelas SAF´s.
Previsão? Um desempenho intermediário, com bom rendimento dos novos jogadores, capitaneados por Danilo Silva.
E se vier o acesso? Comemore, celebre. Se isso ocorrer ficará latente que reviravolta é a palavra talhada para definir o Guarani. Tomara que o cenário positivo comece a ser construido a partir desta segunda-feira, contra o Vila Nova (GO), na casa do adversário.
(Elias Aredes Junior- Foto de Raphael Silvestre/Guarani FC)