Guarani: sem consertar a defesa o acesso ficará quase impossível

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O Guarani decepciona na Série A-2. Fato. Não engrena e fica distante de uma produtividade capaz de sonhar com o acesso. Tem perfil de campanha intermediária. Mauricio Barbieri vai para sua quarta partida e nada acontece. Talvez uma das explicações esteja na defesa.

Vamos na jugular: a dupla formada por Genilson e Diego Jussani é inferior ás torres gêmeas formada por Ferreira e Leandro Amaro em 2016. Os números são impiedosos. Em nove jogos da Série C de 2016, o Guarani tomou quatro gols. Neste ano, com idêntico número de jogos, já são 11.

Contemporizar e ter sabedoria para distinguir o nível técnico de uma terceirona nacional e da segundona regional é medida sensata. Duro é esconder a discrepância de rendimento.

O roteiro é conhecido. O adversário inicia o jogo e centraliza suas jogadas pelo lado direito ofensivo ou no lado esquerdo de defesa bugrina. Os motivos para a decisão são diversos. Em alguns instantes Denis Neves tem fôlego curto ou falha na marcação; em outros Gilton vacila devido a sua limitação técnica.

Ao ultrapassar o lateral de plantão, um novo “presente” dos deuses: um zagueiro duro e lento chamado Diego Jussani. Sem poder de recuperação, é facilmente batido na velocidade. Ney da Matta percebeu tal deficiência e até testou o beque como sobra na derrota diante do XV de Piracicaba. Não há laboratório que resista a limitação de Gilton.

Vira um efeito cascata. Genilson detecta as brechas deixadas pelo companheiro e vive um estado de nervosismo. Erros são comuns e o gol parece questão de tempo.

Léo Rigo? Alef? Não dá para saber. Mas é preciso tapar a peneira que virou a defesa bugrina.

(análise feita por Elias Aredes Junior)