Sete pontos em três rodadas e a liderança provisória da Série A-2 do Campeonato Paulista. O torcedor bugrino tem motivos de sobra para encontrar-se orgulhoso e esperançoso. O estraga prazeres de plantão poderia recordar que o começo da edição de 2015 foi ainda melhor, com 100% de aproveitamento nas três primeiras rodadas. No final o sonho do acesso ficou distante. Existe uma diferença: hoje o Guarani tem um time. No sentido positivo e negativo da expressão.
No passado, seja qual fosse o treinador, todos sabiam que o setor ofensivo dependia e da inspiração de Fumagalli para incomodar os adversários. Sem um passe do camisa 10 de 38 anos nada acontecia.
Que tal recordar os gols feitos contra o Marilia?. No primeiro, Fumagalli foi um coadjuvante de luxo, quando rolou para a batida perfeita de Dênis Neves. No segundo tempo, João Vittor entrou e logo de cara soltou o pé para virar o placar. Posteriormente, o meia arriscou outro chute e depois Lorran aproveitou o rebote. Fumagalli não foi a peça fundamental.
Os gols foram frutos de um sistema ofensivo com variações, jogadas e estratégias previamente treinadas. Mérito do técnico Pintado, que por enquanto soube sair da armadilha da “Estrela Solitária e terá tranquilidade para encaixar jogadores que ainda não estiveram no gramado, como o armador Douglas Packer e os atacantes Max e Flávio Caça Rato.
Só não dá para cravar que tudo está perfeito em virtude dos seguidos erros individuais e coletivos da defesa, que ainda não passou uma rodada sem tomar gol. Existe a necessidade de evolução, só que isto não pode apagar a filosofia exposta a luz do dia.
Mas é preferível trabalhar e corrigir em cima de um time que tem uma filosofia de trabalho do que jogar as fichas em equipes que dependem de um só jogador ou que não exibem um modo de atuar.
Por enquanto, o Guarani exibe um time com começo, meio e fim. Não é pouco.
(análise escrita por Elias Aredes Junior/ Foto de Rodrigo Villalba-Memory Press)