Quem deveria ficar no pódio da Ponte Preta ao lado de Dicá?

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Oscar Salles Bueno Filho, o Dicá, é o maior jogador da história da Ponte Preta. Participou da conquista da divisão de acesso em 1969 e estava em campo quando a Macaca foi vice-campeã paulista em 1970, 1977, 1979 e 1981. Foi condutor na vitória por 3 a 2 no Dérbi do Século 20, no Majestoso, quando a Alvinegra faturou o primeiro turno do Paulistão. Exímio cobrador de faltas e de um caráter ímpar será tema de livro a ser lançado futuramente pelo jornalista Stephan Campineiro. A pergunta surge: quem está ao seu lado no pódio? Quem está abaixo do rei incontestável? Quem é o segundo lugar? E o terceiro?

É um tema para gerar discussões . Os mais velhos podem clamar pelos nomes de Bruninho (que jogou de 1942 a 1959) e de outros heróis . Mas acreditamos que os últimos 40 anos é que determinaram a formação de outros heróis e merecem a distinção. Vamos trazer seus pontos positivos e negativos. A conclusão fica com você, seja no sofá da casa ou no boteco da esquina. As informações foram retiradas do livro “Enciclopédia dos Craques” de autoria dos jornalistas Marcelo Duarte e Mário Mendes. Confira:

Carlos Roberto Gallo: frieza, calma e posicionamento no gol da Macaca

Esqueça a fama de pé frio. Lembre-se da agilidade, colocação, destreza nas defesas e a façanha de ter participado

Uma dupla que fez a diferença na Macaca. Sem sucessores...
Uma dupla que fez a diferença na Macaca. Sem sucessores…

de duas Copas do Mundo, em 1978 e 1982 sendo jogador da Ponte Preta. De 1974 a 1982, foi uma das principais figuras da Macaca e esteve presente nos vice-campeonatos de 1977,1979 e 1981. Foi um dos primeiros jogadores pontepretanos a serem convocados para um jogo de Seleção Brasileira. Depois foi para o Corinthians em que conquistou o único título da carreira, o Campeonato Paulista de 1988, em cima do outrora rival Guarani. Foi considerado o melhor goleiro do Brasil em 1980 ao ganhar a “Bola de Prata” da Revista Placar.

Ponto positivo: o desempenho uniforme e a identificação com o clube.

Ponto negativo: Tímido, sempre prefere os bastidores. Não tem marketing pessoal ativo.

Fernando Bob – A classe aliada da raça

Foi uma aposta do então treinador Paulo César Carpegiani, que trouxe o jogador do Vitória (BA). Viveu o céu e o inferno em 2013. Sentiu o gosto do rebaixamento, mas fez o segundo gol do jogo contra o Veléz, na vitória nas quartas de final da Copa Sul-Americana, considerado um dos principais feitos da história da Macaca. Foi titular

Um gol em terras argentinas e seu nome está eternizado na história da Ponte Preta
Um gol em terras argentinas e seu nome está eternizado na história da Ponte Preta

absoluto nas temporadas de 2014 e 2015 e o então tecnico Guto Ferreira chegou a apelidá-lo de Fernando “Bob” Redondo.

Ponto Positivo: Além do bom futebol, teve exibição de fidelidade ao recusar propostas antes de ir ao Internacional (RS).

Ponto negativo: A atuação na final da Copa Sul-Americana,contra o Lanús, de lateral-esquerdo, é algo para esquecer.

 

 

Odirlei- Versatilidade esquecida pela Seleção Brasileira

Surgiu no antigo clube Pinheiros na década de 1970 e jogou na Ponte Preta de 1976 a 1982. Defendia e atacava com eficiência e foi eleito o melhor da posição em 1978. Nunca foi convocado pra jogar na Seleção Brasileira, algo considerado injusto pelos pontepretanos. Foi vice-campeão paulista pela Macaca em 1977, 1979 e 1981. Depois foi para o Bangu, local em que foi vice no Brasileirão de 1985. É atuante nas categorias de base da Ponte Preta.

Ponto positivo: tem defensores entre os torcedores como um jogador importante na história da Macaca.

Ponto Negativo: mesmo com os predicados, nunca jogou na Seleção Brasileira.

Oscar Bernardi- A perfeição na zaga em carne e osso

Jogou na Ponte Preta de 1974 a 1979 e durante a estadia não só foi convocado como atuou como titular na Copa do Mundo de 1978. Como suas principais caracteristicas tinha liderança, se antecipava bem aos atacantes e esmero no cabeceio. Ao lado do quarto-zagueiro Polozzi formou uma excelente zaga e foi o melhor do Campeonato Brasileiro de 1977. Ao ser eleito um dos melhores beques do Mundial da Argentina, abriu espaço para sua transferência ao Cosmos de Nova York. Hoje é proprietário de um Centro de Treinamento e Resort utilizado por equipes de diversas partes do mundo.

Ponto positivo: Formou com Polozzi uma das duplas mais estáveis do futebol brasileiro.

Ponto Negativo- Tem relacionamento institucional distante com o clube.

Renato Cajá: o sucessor de Dicá?

Tem três passagens pela Ponte Preta. A primeira em 2008/2009, depois em 2011/2012 e recentemente nos anos de 2014/2015. Principal estrela da equipe vice-campeã paulista de 2008, o armador foi peça decisiva para os

Gols bonitos e dois acessos no currículo. Renato Cajá exibe legado respeitável
Gols bonitos e dois acessos no currículo. Renato Cajá exibe legado respeitável

acessos em 2011 e 2014 na Série B do Campeonato Brasileiro. Tem gols marcantes, como aquele feito de cobertura no segundo turno da Série B de 2011, contra o Guarani, no Brinco de Ouro e do meio campo contra a Chapecoense, no Campeonato Brasileiro do ano passado.

Um fato marcante é que quando marcou um gol contra o ex-clube jogando pelo Vitória não quis comemorar, declarando que ainda tem muito carinho pelo clube de Campinas.

Ponto positivo: a semelhança com o futebol de Dicá, principal jogador da história da Ponte Preta.

Ponto negativo: suas saídas sempre foram controversas. Dificuldade de estabelecer um relacionamento de confiança com a torcida.

Washington: o Coração Valente que agitava o Majestoso

Talvez a principal figura da Macaca na primeira década do Século 21. Jogou na Ponte Preta em 1998 e de 2000 a 2002. Depois de perambular por vários clubes, Washington encontrou a Ponte Preta como palco para exercer seu futebol e foi ali que defendeu a Seleção Brasileira. Na Ponte foi artilheiro do Campeonato Paulista (16 gols) e da Copa do Brasil (11 tentos) em 2001.

Lado positivo: identificação com o torcedor e boa quantidade de gols.

Lado negativo: faltou jogar uma final com a Macaca.