Análise: as mudanças no Guarani e as oportunidades oferecidas pelo destino

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Vadão não quer riscos no Guarani. Também quer encurtar o caminho da classificação. Esse deve ser o pensamento em mente de quem verifica sua escalação titular para o jogo de quarta-feira, às 16h, contra o Mogi Mirim, na casa do adversário.

Aparências enganam. Pontuação idem. Se o adversário está na zona do rebaixamento,  é verdade que todas fichas serão depositadas na tentativa de somar os três pontos e continuar com esperança de manutenção. Ou seja, é previsível uma pressão incessante nos minutos iniciais. O esquema 4-1-4-1 adotado por Vadão é uma saída interessante.

Explico: até agora, o time bugrino joga com dois volantes de contenção (Auremir e Evandro), dois armadores clássicos – Bruno Nazário e Fumagalli e um jogador talhado tanto para fechar o espaço no lado esquerdo como também para avançar ao ataque e utilizando a força, caso de Uéderson.

Com a perda de Auremir por suspensão, a decisão de mudar o esquema nem é pela tentativa de incrementar a armação na prática com quatro armadores – Bruno Nazário, Fumagalli, Marcinho e Uéderson- e sim pela perspectiva de melhorar a compactação defensiva, pois com a perda da bola, os quatro armadores juntamente com os integrantes da zaga deixam pouco espaço.

Como modelo, observe o Corinthians de Fábio Carille: não é brilhante na parte ofensiva, mas tem uma disciplina defensiva que deixa poucas opções ao oponente. Ou seja,  se a atuação no ataque não arrancar suspiros, o risco de ser surpreendente é diminuído.

Nesta reta final da Série A-2, além de vencer, as equipes precisam buscar alternativas táticas e de posicionamento para surpreenderem o adversário nas semifinais. Caso some os três pontos, além da manutenção na classificação o Guarani ganhará uma nova concepção de jogo. Isso é muito bom.

(análise feita por Elias Aredes Junior)