Até a segunda semana de maio, o Guarani disputa uma corrida contra o tempo. Precisa detonar uma reformulação sem precedentes e encontrar jogadores de qualidade para a Série B do Campeonato Brasileiro. A missão inicial é somar de 45 a 50 pontos e afastar hipótese de rebaixamento.
Neste contexto, por tudo aquilo que se viu no Paulistão da Série A-2, a diretoria bugrina terá que arregimentar, no mínimo, 23 contratações para viabilizar um elenco de 30 jogadores. Diante do que produziram nos últimos meses, apenas oito jogadores tem condições de permanecer. Coloco cada um deles e os respectivos motivos:
Leandro Santos- Deveria permanecer para ocupar a reserva. Tem bons momentos, pratica defesas importantes, mas a sua saída de gol ainda deixa a desejar. Proporciona rebotes desnecessários.
Lennon- Pode jogar como titular como segundo volante. Tem uma boa transição, solidário na marcação e boa leitura de jogo. Como lateral é atleta importante no desafogo ao ataque, mas é um improviso.
Denis Neves- Reserva. Por sua condição técnica. Com tem eficiência na bola parada pode ser útil nos minutos finais de jogos complicados, tanto pelo lado como para reforçar a criação no meio-campo.
Auremir- Voluntarioso, eficiente no cerco aos adversários e com posicionamento. Boa opção de banco para ser usado em caso de emergência.
Bruno Nazário- Títular. Habilidoso e com poder de conclusão, o atleta tem tudo para ocupar o papel de protagonista da equipe.
Eliandro- Sua jogada principal é a arrancada a partir da zona intermediária e busca de espaço para desferir chute forte. Será vital para o Guarani buscar vitórias na segundona nacional.
Fumagalli- Ele deve permanecer por dois motivos. Em primeiro lugar porque a diretoria não tem coragem de rescindir o seu contrato apesar do rendimento abaixo do esperado neste primeiro semestre. E também porque pode ser útil se recuperar a forma técnica nas bolas paradas.
Marcinho- Joga para o time. Compõe bem a linha de armadores. Pode ser banco ou titular em algumas partidas.
Você considera decepcionante a permanência de oito jogadores apesar do time ter brigado pelas semifinais até a última rodada? Devemos encarar a realidade: a Série A-2 nunca foi parâmetro para nada. Queiramos ou não, o Alviverde entrará agora na arena de gigantes. E sem o mínimo de qualidade não há como sobreviver.
(análise feita por Elias Aredes Junior)