A diretoria da Ponte Preta tem uma tarefa nos ombros: reconquistar o torcedor e evitar que novamente amargue as últimas colocações em média de público na Série A, como aconteceu no ano passado, quando nos 19 confrontos realizados no Majestoso, o resultado ficou em 5309 torcedores por jogo, o que produziria um
35º lugar de acordo com o portal GloboEsporte.com, que comparou as médias das quatro divisões nacionais. Decepcionante. Vexame para ser mais exato.
Os 90 minutos iniciais contra o Sport servem de alerta. O borderô registrou 3104 espectadores. Traduzindo: utilização de 15,74% da capacidade do estádio, que pode receber 19721 pessoas. O torcedor mais afoito em evitar a realidade poderá argumentar que a perda do Campeonato Paulista para o Corinthians e a derrota por 3 a 0 no Majestoso ainda ferem o coração do torcedor e tudo voltará ao normal com o passar do tempo.
É uma explicação que contempla em parte. Basta verificar que na largada da Ponte Preta no Brasileirão de 2012, a derrota para o Atlético Mineiro registrou 4911 pagantes. Se compararmos os públicos de 2012 e de 2017, a queda é de 36,79%. Isso porque em 2012 a Macaca jogou dias após ser eliminado do torneio estadual pelo seu principal rival e com recursos ainda mais escassos do que na atualidade. O torcedor esqueceu as mágoas compareceu e deu seu voto de confiança.
Dessa vez será diferente. A diretoria terá que utilizar a criatividade para bancar contratações competitivas e que forneçam subsídios para o torcedor reacender a sua paixão..
Ainda não é caso de alardear pânico e sim de ficar alerta e entender que apenas gols, vitórias e um futebol convincente farão o clima de luto cair na vala do esquecimento.
(análise, texto e reportagem: Elias Aredes Junior- Foto Fábio Leoni-Pontepress)