Como o Guarani pode crescer para se equiparar ao tamanho de sua torcida aos principais concorrentes da Série B?

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Toda vez que uma pesquisa é divulgada a torcida do Guarani fica contrariada. Chateada ao extremo. No primeiro levantamento, encomendado pela Brasil Kirin no ano passado, o índice averiguado foi de 3%. O que gerou um espiral de ódio e ressentimento na diretoria e no Brinco de Ouro. Qual seria a solução? Pedir o apoio de empresários para financiar uma outra pesquisa para checar se o índice é o adequado ou se existem distorções. Nada disso. Preferem fugir da realidade. Uma pena.

Meses depois, outros institutos, como a Paraná Pesquisas e o Instituto Carlos Guimarães demonstram que o Guarani tem 6,3% da preferência. Ou 73.922 torcedores em Campinas e aproximadamente 195 mil torcedores na região metropolitana. É pouco comparado a história do Guarani? Sim, é.

Só que alguns fatores devem ser levados em consideração. Em primeiro lugar, a preferência do Corinthians com 20% da preferência em Campinas. Não há como ignorar os resultados dentro de campo. Desde 2001 foram nove rebaixamentos e quatro anos de estadia tanto na Série C como na Série A-2 do Paulista. Ou seja, o Guarani foi tirado da principal vitrine do futebol nacional. Automaticamente, existe uma dificuldade natural para buscar novos torcedores e ampliar o seu alcance.

Se existe uma noticia boa nesta história toda é que uma parte dos concorrentes não tem um amplitude tão grande que faça o Guarani ser um personagem inexpressivo no futebol nacional.

Este jornalista pesquisou em levantamentos feitos pelo Ibope, Pluri Consultoria e Paraná Pesquisas sobre o tamanho das equipes que pelo menos estiveram uma temporada na divisão de elite do futebol brasileiro desde que foi instalada a fórmula de pontos corridos.

O único time sem qualquer dado sobre o tamanho de sua torcida é o Criciúma. Confira os outros dados apurados pela Paraná Pesquisas, Pluri Consultoria e Instituto Carlos Guimarães:

 Tamanho de torcida dos clubes da Série B

Internacional (RS): (2,7% em âmbito nacional): 5.520.167 torcedores

Ceará (1,1% em âmbito Nacional): 2.248.957 torcedores

Santa Cruz: (0,7% em âmbito nacional): 1.431.154 torcedores

Náutico (1,5% na região Nordeste): 803850 torcedores

Paysandu (2,2% nas regiões norte e Centro-oeste): 656878 torcedores

Goias: (1,7% de preferências nas regiões norte e centro-oeste): 507.587 torcedores

Figueirense (1,4% na região sul): 412.142 torcedores

Paraná (9% na cidade de Curitiba): 294.387 torcedores

Juventude: 78000 (dados de 2014 da Pluri Consultoria)

Guarani (6,3% em Campinas. Mesmo índice aplicado para a região metropolitana): 73922 torcedores em Campinas e 195.300

América Mineiro (2% na cidade de Belo Horizonte): 50.269 torcedores

 

As projeções foram feitas com base na projeção de uma população brasileira de 204.450.649 habitantes, na região nordeste com 53.590.000 habitantes e 29858094 ao fazer a soma das regiões norte e Centro-oeste.

O que dá para concluir é que independente daquilo que pensa os torcedores, é fato que a recuperação no gramado produzirá o retorno de torcedores e a melhoria de índices que façam o alviverde campineiro ficar do tamanho de equipes como Paraná, Figueirense, Goias, Paysandu e Náutico.

Pesquisas antes de serem contestadas devem servir de alicerce para a melhorias e alcance de novos mercados. Que a diretoria do Guarani deixe o rancor de lado e faça o raciocínio sobre algo tão óbvio.

(texto, reportagem e análise de Elias Aredes Junior)