Análise: nas próximas quatro rodadas, o Guarani vai definir o tamanho da derrota em Criciúma

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Erros individuais destruíram o sonho do Guarani em somar pontos em Criciúma. Como encontra-se com 15 pontos e na luta pelo acesso, o próprio alviverde é que irá definir o tamanho desta derrota para a conjuntura da Série B do Brasileirão.

Se conseguir somar vitórias contra Oeste e Náutico, confrontos marcados para semana que vem no estádio Brinco de Ouro da Princesa, o time alcançaria os 21 pontos, fatalmente ficaria em boa situação na zona de classificação á divisão de elite e de quebra cumpriria a segunda minimeta estabelecida pelo técnico Oswaldo Alvarez antes dos dois jogos como visitante que cumprirá antes do encerramento da segunda etapa, diante de ABC e Juventude. Ou seja, o revés em Criciúma sequer seria lembrado.

Caso acumule quatro pontos como anfitrião e crave 19 pontos, não são pequenas as chances de ainda encontrar-se em boa situação e tropeço de sexta-feira ainda ficar sem repercussão.

No ano passado, após 10 rodadas os quatro primeiros eram o Vasco com 22 pontos, o Atlético-GO com 20 pontos, o CRB com 18 pontos e o Náutico com 17 pontos, mesmo pontuação de Bahia, Criciúma e Ceará.

O raciocínio é reforçado pelo G-4 verificado após 10 rodadas em 2015: Botafogo com 23 pontos, Paysandu com 22 pontos, Náutico com 21 pontos, América Mineiro com 20 pontos e Vitória na quinta posição com 19 pontos. Detalhe: nas duas edições focalizadas, dos quatro primeiros após 10 rodadas, pelo menos dois (Botafogo e América Mineiro em 2015 e Vasco e Atlético-GO em 2016) celebraram o acesso 28 rodadas depois. Regularidade é premiada em um campeonato longo e disputado.

O pior cenário seria um baixo aproveitamento de pontos até o final da minimeta. Disputar 12 pontos e ficar, por exemplo, entre 15 e 18 pontos ao final da décima segunda rodada seria péssima noticia às pretensões bugrinas e elevaria o estrago pela derrota em Criciúma.

Um raio-x constatado no passado confirma a linha de pensamento. Em 2015,  o Macaé era o oitavo colocado após 12 jogos com 21 pontos, o Bragantino o Nono com 16 pontos, e o G-4 tinha Botafogo, América Mineiro, Naútico e Bahia, todos com 24 pontos.

No ano seguinte, o Náutico estava na oitava posição com 18 pontos e via o pelotão de elite formado por Vasco (28 pontos), Ceará (23 pontos), Atlético-GO (22 pontos) e Criciúma (21 pontos).

Por enquanto, parece improvável uma má fase nos próximos quatro jogos. E ainda assim poderia ser ultrapassado. Por que? Em 2015, o Santa Cruz após 12 rodadas tinha 15 pontos e estava na faixa intermediária da classificação. Foi vice-campeão com 67 pontos.

No ano passado, o Avaí após 12 jogos estava com 12 pontos e apenas uma posição acima da zona do rebaixamento e o Bahia era o nono com 17 pontos. Final da história: o time catarinense foi segundo lugar com 66 pontos e o tricolor de aço com 63 fechou a zona de classificação.

Apesar disso, seria de bom grado lutar para minimizar ao máximo o tropeço diante do tigre catarinense e retomar a produtividade e a soma de pontos. Não é todo dia que o milagre bate na porta.

O mais confortável é uma campanha calcada na estabilidade e sem sustos. Que não deixa desgarrar dos pontos e cujo futebol transmite a impressão de que comanda o próprio destino. O Guarani, queiramos ou não, apresenta atualmente tal comportamento. Que tal predicado não seja perdido na luta pelo acesso ou até na construção de uma campanha de segurança e permanência.

(análise feita por Elias Aredes Junior)