Guarani repete quadro político do Brasil e não sabe quem é o presidente

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Mais dez dias se passaram desde a promessa que Palmeron Mendes Filho assumiria o Guarani de fato e direito, mas nada aconteceu. Horley Senna acompanhou a delegação do Bugre na partida contra o ABC, em Natal, e segue assinando documentos da CBF na condição de presidente do clube. Somados são 77 dias desde a aclamação do novo Conselho de Administração e o bugrino não sabe, de fato, quem é o presidente da equipe.

 Ao ser questionado sobre sua presença em Natal, Senna afirmou que continuaria viajando com o grupo “enquanto for presidente”. Mas, Palmeron já tem tomado frente na busca por novas parcerias e principalmente na reaproximação com Roberto Graziani, da Magnum. Palmeron, inclusive, liderou as novas conversas com o Esporte Interativo na última semana, quando o clube recebeu luvas de adiantamento pelo acordo que será válido a partir de 2019.

No último dia 22 de junho, no Brinco de Ouro, Palmeron Mendes Filho foi proclamado para comandar o Bugre até abril de 2020, mas sem a presença do registro oficial. A promessa para o registro da ATA era de três dias, mas se passaram 10 dias e Senna segue no poder. Horley já prometeu não se desligar do clube e permanecerá dentro da diretoria cuidando das categorias de base e das dívidas trabalhistas junto ao Ministério Público do Trabalho.

O estatuto do Guarani determina que as eleições ocorram sempre antes do aniversário do clube – 2 de abril. O pleito estava marcado para o dia 15 de março, quando a chapa representante da situação, Integração, enfrentaria a Transparência – chapa liderada por Juninho Paes. Mas, a Comissão Eleitoral do clube indeferiu o pedido de inscrição dos representantes da oposição por falta de associados na base de apoio. O processo foi parar na justiça e a aclamação adiada para o dia 18 de abril, mas ainda segue sem oficialização.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento/foto: Rodrigo Vilalba-MemoryPress)