Uma lesão tirou Eliandro de combate. Perspectiva de recuperação que poderá chegar a 20 ou 30 dias. Vai fazer falta? Apesar do seu jejum de gols, o torcedor bugrino não deve iludir-se e sim constatar que a ausência trará problemas e obstáculos ao técnico Oswaldo Alvarez.
Uma das principais jogadas ficará debilitada. O lançamento longo efetuado por Genilson ou Diego Jussani tinha sua eficácia devido a força física do camisa nove para ganhar dos adversários e arrematar a gol.
Se não escolhia a conclusão, sempre tinha um bom posicionamento para deixar um companheiro na cara do gol. Com sua ausência, o expediente fica quase inviabilizado por dois motivos: pela característica de velocidade e de leveza dos outros jogadores e os altos e baixos de Caíque, contratado para ser o reserva imediato de Eliandro e que por enquanto não agradou. Rafael Silva pode ser uma solução? Até pode. Mas Eliandro era a aposta segura.
Outro tópico gerado pela ausência de Eliandro é que a partir de agora, o técnico bugrino deverá desdobrar-se na tentativa de aprimorar o seu bloqueio no meio-campo.
Explico: com Eliandro em campo, mesmo em má fase, volantes e zagueiros ficam intimidados para buscar o campo de ataque. Primeiro porque o jogador atrapalha a saída de bola e também nas jogadas de bola parada, por usar o corpo, ele impede que um rebote oponente seja dominado de maneira limpa a partir do campo de defesa.
No meio deste tormento, é preciso encontrar maneiras de parar o Juventude(RS) em seus domínios. Sem o centroavante eficiente no aspecto tático e técnico. Como a fórmula de pontos corridos exige contar com um elenco de qualidade, o Guarani terá uma nova prova de fogo. É encarar, ser aprovado ou ficar no meio do caminho.
(análise feita por Elias Aredes Junior)