A Ponte Preta entrará com a faca no pescoço no próximo domingo. Precisa vencer ou somar pontos contra o Grêmio. O esforço deve ser dirigido para a fuga do rebaixamento e a superação da campanha do ano passado, quando a Alvinegra ficou na oitava colocação.
Ao constatar a dificuldade de Gilson Kleina em encontrar um novo modelo de jogo e as cobranças da torcida, um nome é projetado: Emerson Sheik. Ouso dizer: o alicerce de um desempenho satisfatório até dezembro passará pelos pés do jogador de 38 anos.
Não encaminho tal responsabilidade no quesito técnico. Sua experiência para fugir de obstáculos e imprevistos no mundo da bola é fundamental. Uma prova disso foi dado ao fazer uma “autoconvocação” e participar da entrevista coletiva de quinta-feira (13), um dia após a derrota por 3 a 0 para o Bahia.
Sheik fez um gesto inexistente adotada pela diretoria executiva da Macaca: defendeu publicamente o trabalho do técnico Gilson Kleina. “Eu ouvi a torcida xingando o Gilson. E eu tenho esse convívio diário com o cara, extremamente do bem, um baita profissional, eu não tinha trabalhado com ele antes. Me surpreendi positivamente. Porque é um cara muito qualificado. E ontem no final do jogo eu ouvi a torcida xingando ele, porque torcedor é paixão e emoção o tempo inteiro. Eu acho que a responsabilidade não é do cara. Não deixa de ser dele, ele tem a responsabilidade dele. Mas quem entra pra jogar são os atletas”, explicou o atleta.
A ênfase deu uma mensagem era clara: os erros eram provenientes dos jogadores. Não existe complô para derrubá-lo e nem o trabalho do Kleina é deficiente. Para ele, o trampo dos boleiros que deixa a desejar.
Se não bastasse tal postura, o ex-atacante corinthiano é vital para solucionar dois problemas crônicos. O primeiro é a falta de criação no meio-campo. Renato Cajá em campo não supre as necessidades porque sua mobilidade é aquém do desejável. Resultado: Sheik deixa a posição de segundo atacante e volta para passar a bola no setor intermediário. Com isso, ele ajuda ao oferecer novas opções para Lucca, atleta focado, determinado e que só não padece mais por falta de companhia porque Emerson Sheik desdobra-se para ajuda-lo.
Emerson Sheik já deu um cala boca nos críticos que duvidavam de seu interesse. Está focado, interessado, determinado. Uma postura legal e oportuna porque o jogador já passou por camisas do porte de Corinthians, Flamengo, Fluminense e Botafogo e poderia utilizar o Majestoso como espaço para ficar encostado ou sem motivação. Nada disso. Não veio na Ponte Preta para passear. E pelo andar da carruagem pode ser o alicerce para afastar qualquer risco de decepção em dezembro.
(análise feita por Elias Aredes Junior)