A bola e suas histórias: Beto Zini, aquele que demitia e contratava em tempo recorde

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Beto Zini mandava e desmandava no Guarani. Tanto que as vezes esquecia até do que havia mandado.

Gersinho era auxiliar técnico fixo e faz tudo. Indicava contratações, observava potenciais reforços e não era todo momento que sua opinião coincidia com a do dirigente.

Um belo dia, os dois discutiram. Feio. Beto não fez de rogado e decretou:

– Fora! Está demitido! Não quero nunca mais te ver por aqui!

Gersinho pegou sua pochete, tirou seus objetos pessoais da sala da Comissão Técnica e foi embora.

Lamentou com a esposa e dormir para planejar o dia seguinte.

Dormiu. Profundamente. Até que as 05h toca o telefone. Do outro lado da linha um dos auxiliares de Zini:

– O Homem quer falar com você…

Ele estranhou. Lavou o rosto, entrou em órbita e em 15 minutos estava no prédio administrativo do Brinco de Ouro, o conhecido “Queijo”.

Nem bem pisou na sala da presidência e Beto Zini desandou a falar:

-Gersinho, to aqui uma passagem quero que você observe um jogador, aqui, ali…

– Ei, ficou louco? Você me demitiu ontem à noite…

Desorientado e sem reação, Beto retomou as rédeas:

– Quem ficou louco é você…Nunca faria algo assim. Ficou maluco…Te demitir? Para de frescura e vai viajar.

E assim a vida continuou. Até o próximo terremoto produzido por Zini.

(Elias Aredes Junior)