A diretoria bugrina quer transmitir a sensação de que está tudo bem. Para a torcida não está. Com razão!

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Percebam o comportamento do presidente bugrino Palmeron Mendes Fiilho durante as entrevistas coletivas ou nas conversas nas emissoras de rádios. Apesar de lamentar a campanha na Série B e a chance de brigar pelo acesso, seu foco é transmitir uma sensação de que está tudo bem. Daqui a pouco um novo tempo será inaugurado com a instalação de um gestor para o departamento de futebol profissional. Novos tempos serão inaugurados no Guarani, inclusive com a possibilidade de disputa de título.

Só que nada está bem.

Precisamos ser sinceros: tecnicamente esta é uma das piores Séries B de todos os tempos. Times fracos, esquemas táticos previsíveis e jogadores decisivos escassos. Tanto que o campeão é o Fortaleza, com folha salarial de R$ 1,1 milhão por mês e cujo técnico está no seu segundo ano no banco de reservas.

Este Só Dérbi não gosta de comparar, mas desta vez é impossível ignorar. A Ponte Preta, com os mesmos jogadores e estrutura soube detectar o seu problema e trocou de técnico. Tudo entrou nos eixos. Motivo: Gilson Kleina teve respaldo dos dirigentes. Traduzindo: ninguém atrapalha, pressiona ou enche o saco após os resultados. E no Guarani? Pergunte para quem frequenta os bastidores e você vai se surpreender

O caso nunca foi trocar de técnico e sim a falta de respaldo do Conselho de Administração. Umberto Louzer teve o seu capital corroído com a torcida devido a omissão dos dirigentes. Se não fosse assim, como explicar o fato do CSA, também recém promovido da Série C, encontrar-se a um passo de chegar a divisão de elite sob o comando de um treinador que foi demitido  pelo próprio Palmeron no ano passado? Pense: Marcelo Cabo virou gênio ou é questão diretiva e de estrutura?

Pode estar tudo tranquilo para Palmeron e seus companheiros do Conselho de Administração. Para os torcedores está bem longe disso.

(análise feita por Elias Aredes Junior)