O técnico Jorginho entrou em campo no último sábado com 6 jogadores oriundos da base: Os jovens Ivan, Matheus Alexandre, Abner e Camilo e os experientes Renan Fonseca e Roger.
Essa era uma das exigências da torcida há algum tempo: utilizar a base. Forçadamente se consolidou após as recentes rescisões de jogadores descontentes no clube.
O clamor, basicamente, era por “conhecer a essência do clube, atletas da base, podem dar (mais) o sangue em campo”!
Bastaram 20 minutos de jogo para o esquecimento dessa exigência de grande parte do pouco mais de 4 mil presentes do Moises Lucarelli! Parte da torcida “pegou no pé” do lateral direito da Macaca como se fosse um jogador rodado. Com 20 anos recém completados, o atleta completou sua 4ª (quarta!) partida como profissional.
Isso me fez lembrar diversas promessas que estiveram no Majestoso e vestiram nossa camisa para ouvir críticas muito acima do tom.
Fabiano – o Luis – talvez seja um dos casos mais emblemáticos! Aconteceu também com o recém-chegado e agora ovacionado, atacante Roger. Com o lateral direito Emerson. Com o atacante Clayson. Com o lateral esquerdo Uendel…
Ninguém “serve ou servia” para jogar na Ponte Preta, mas, invariavelmente os “cornetados” aqui, alcançam sucesso com outras camisas pelo Brasil e mundo afora!
Sem se esquecer de Gérson Magrão, Edson, Matheus Vargas, Matheus Oliveira…
O que acontece nas arquibancadas do Majestoso que de uma cobrança normal, extrapolamos e passamos virar “corneteiros” de nosso próprio patrimônio? Sim, jogadores que ventem nossa camisa, além de trabalhadores, são bens do nosso clube. Se fizerem bons jogos e se valorizarem a Macaca ganha com isso.
Uma das respostas para pergunta acima se dá pela falta de objetivos do clube! Não me lembro de uma diretoria ou comissão técnica assumir responsabilidades e metas para campeonatos disputados.
Esse ano tem sido diferente. Apesar de não me agradar como técnico, Jorginho tem assumido a responsabilidade de levar o clube a elite de 2020. E torço por ele!
Não concordo com algumas escalações e substituições feitas por ele, mas não vou ao estádio para xingar…
Todos precisam cobrados e render o que se espera em um clube da grandeza da Ponte Preta, mas deve haver um critério…
Recentemente, 50% do passe de Matheus Alexandre rendeu R$ 800 mil. Há quem discorde da negociação (eu sou um deles), mas é disso que o clube precisa para sobreviver! Dinheiro em caixa.
Temos que cobrar planejamento no curto e longo prazo para estruturar o clube e não depender exclusivamente de transferência e se desfazer de suas joias da base. Mas hoje, a realidade é essa!
Se tivesse feito a lição de casa (planejamento), teríamos uma base fortíssima para os próximos anos.
A torcida precisa abraçar o time e entender que o acesso para Série A de 2020 é questão de sobrevivência. As contas do clube não estão fechando e a primeira divisão do próximo ano, além de participar da elite, fará com que a Ponte Preta respire financeiramente.
Abraçar o time não quer dizer só comparecer, mas apoiar os jogadores a cada erro também.
A Ponte Preta precisa de você incentivando e contribuindo para o acesso!
(Artigo de autoria de André Gonçalves- Especial para o Só Dérbi)