A lição deixada por Marcão Rossato: a Ponte Preta ultrapassa o limite do gramado

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Luto gera reflexão. Mudam pensamentos e enfoques. Ignorar é estupidez inadmissível. Quem acompanhou o noticiário pontepretano na segunda-feira observou a repercussão do falecimento do segurança Marcos Rossato, o Marcão, sepultado na manhã desta terça-feira no cemitério dos Amarais, no Parque Nossa Senhora da Conceição, em Campinas.

Dirigentes, torcedores, anônimos e famosos prestaram suas homenagens para alguém que atuou com dignidade e altivez nos bastidores. Exerceu sua paixão pela Ponte Preta com aquilo que tinha de melhor: a dedicação profissional.

Seu falecimento é um chamado a todos nós jornalistas esportivos. Futebol não é só negócio. Bola na rede. Empresários atrás de dinheiro. Jogadores atrás de fama. O esporte das multidões é feito de gente. Com histórias. Alegrias. Vitórias. Testemunhos de epopeias.

Uma pena que Marcão não tenha desejado abrir sua história e trajetória, que tem por exemplo, Nivaldo Baldo, como personagem central, pois trabalhou para o fisioterapeuta antes de desembarcar na Ponte Preta em 2003, na gestão do presidente Sérgio Carnielli e com Marco Antonio Eberlim na direção do futebol.

A saída de cena de Marcão manda um recado. Precisamos abrir os olhos. Ficarmos sensíveis ao que está ao redor. E ver o futebol como ele realmente é: um local para abrigar seres humanos diferenciados e que deixam legados. Algo já feito por Danilo Villagelin, Conceição e Marcos Rossato, todos apaixonados e abnegados pela Ponte Preta.

Que possamos elevar os gigantes presentes não só no gramado, mas em todos os lugares impregnados por esta loucura e paixão chamada futebol.

(Elias Aredes Junior)