A Ponte Preta tem uma busca frenética por reforços para incrementar o time titular antes da estreia no Campeonato Brasileiro. Reconhece que os obstáculos são tremendos e existe a necessidade de realizar uma boa largada, de acordo com palavras do próprio vice-presidente Giovanni Di Marzio na sexta-feira, dia 22 de abril, em entrevista a Rádio Central.
Duro é constatar que planejar, contratar, entrosar o time e colocá-lo em campo será o menor dos obstáculos. Um fantasma terá que ser administrado: a regra que permite a transferência de um jogador para uma equipe da mesma divisão com seis jogos disputados.
Lembram como foi no ano passado? Renato Cajá assombrava com a camisa 10 da Ponte Preta e conforme o tempo passou as propostas chegavam ao jogador e o volante Fernando Bob também era sondado. O clima de pressão chegou a tal ponto que na semana do jogo contra o Goiás, válido pela sétima rodada, a comissão técnica da Macaca não permitiu entrevistas durante toda a semana de treinamentos. Como se isso fosse evitar uma possível conclusão de negócio.
Tal cenário é vital abordar na Ponte Preta devido ao próprio perfil pontepretano de campanha. Mais: alguns nomes já são candidatos a sofrerem esse assédio fora de hora. O goleiro João Carlos, destaque do último Paulistão, já recebe sondagens sobre uma possível ida para o São Paulo. Não há nada de concreto, só especulações. Mas se ele confirmar o bom futebol certamente vai entrar na bolsa de apostas.
Se a Macaca embalar você tem alguma dúvida de que infelizmente o roteiro será repetido? Então qual a solução? Está nos gabinetes.
Muito simples: juntamente com dirigentes de América Mineiro, Santa Cruz, Sport, Figueirense, Chapecoense, Coritiba, Atlético Paranaense e Vitória (BA), a Ponte Preta deveria reivindicar a extinção da cláusula junto a CBF. O texto prejudica os clubes de médio e pequeno porte, paralisados diante do poderio econômico dos gigantes. Em último caso, o estabelecimento de um acordo de cavalheiros para tal preceito perder a validade.
Um fato é inquestionável: dada as atuais circunstâncias, o torcedor pontepretano está casado com o sofrimento nos sete jogos iniciais. Tanto se não somar os pontos necessários como se corresponder as expectativas. Porque a partir daí o inimigo veste terno, gravata, porta uma maleta e atende pelo nome de empresário. Dureza.
(análise feita por Elias Aredes Junior)