A realidade social de um país pobre, decadente e inerte a sua falência faz mais uma vítima. A morte de um torcedor (seja ele de Ponte Preta ou Guarani) devido ao enfrentamento das duas equipes não é e nunca será uma questão clubista.
Vai além. As autoridades em esfera Federal se debruçam no propósito eleitoral.
O Governador se afasta do cargo pra se dedicar a campanha presidencial, independentemente da falência do Estado mais rico da nação.
O prefeito e os vereadores de Campinas (TODOS) se posicionam ao maior evento da cidade apenas através de notas de apoio, sem sequer uma ação efetiva.
O Promotor de Justiça bane a Torcida adversária do Estádio como se o problema fosse interno.
TODAS as autoridades disfarçam uma preocupação. As diretorias vendem ilusão na frente das câmeras de televisão, mas sustentam marginais dando estrutura a todos eles travestidos de organizados. A imprensa não promove o papel que lhe cabe que é trazer o debate a tona de maneira efetiva.
TODOS inertes. E o que resta? Resta uma sociedade que clama por eventos de integração e inserção social, mas que não pode contar com seus representantes. Lamentar (que é o que mais se ouvirá na Imprensa, políticos e os ídolos ex-atletas comentaristas) é coisa de covarde. Me dá raiva.
No fundo, estamos todos conformados com a ignorância, intolerância e a incapacidade de quem deveria promover o mínimo. A sociedade mundial está doente. A brasileira na UTI e com o padre promovendo as considerações finais.
(artigo de autoria de Alex Vasconcelos, administrador de empresas pontepretano e amante do dérbi genuíno, sem paz. E de um país mais justo)