Como as arquibancadas estão vazias, as redes sociais se transformaram no principal termômetro de medição do ânimo das torcidas. Na Ponte Preta não deveria ser diferente.
Percebo aqui e ali uma certa insatisfação com o rendimento e as características de jogo do atacante Matheus Peixoto. Pois eu digo que tal avaliação é injusta e respondo com uma pergunta: esses torcedores queriam quem na atual conjuntura? Cristiano Ronaldo?
Sim, o questionamento é ríspido e peço desculpas. Mas não encontrei outra maneira para fazer o torcedor entender e compreender o quadro.
A Ponte Preta não disputa a Liga dos Campeões. Nem a Libertadores. Ou sequer a divisão de elite do Brasileirão. O seu calendário reserva como prato principal a Série B do Campeonato Brasileiro. Suas características principais são a força física, marcação, encurtamento dos espaços e bola parada como trunfo. Ou seja, contar com atacantes de boa estatura faz muita diferença. Matheus Peixoto tem 1,9 m. Não tem utilidade? Muita!
Matheus Peixoto é limitado com a bola nos pés? Concordo. Questiono: Alexandro, autor de 12 gols na Série B de 2014 não foi útil? E porque essa insensatez com Matheus Peixoto e paciência com outros como Roger?
Matheus Peixoto não é Cristiano Ronaldo. Não é craque. Mas em uma competição marcada pela limitação técnica não custa esperar um pouco.
(Elias Aredes Junior com foto de Álvaro Júnior-Pontepress)