Guerreiros da Tribo, Furia Independente e Torcida Jovem deram o brado de basta. Textos divulgados nas redes sociais e que demonstraram inconformismo pelo atual quadro vivido pelo Guarani. Pedem a saída de Palmeron, Fumagalli e mudanças radicais na estrutura do futebol profissional. A atitude é uma ótima noticia. Eu diria estupenda.
A letargia não contaminou por completou o Brinco de Ouro. Existe gente disposta a lutar até o último segundo pela permanência do Alviverde na Série B. O time é fraco, os erros do Conselho de Administração são gigantescos, mas isso não pode fazer a instituição e comunidade considerarem normal o retorno à terceira divisão.
A reação comprova a mudança de perfil social do Guarani. Torcida Organizada tem um perfil de classes C, D e E como atestam as pesquisas de Mauricio Murad e do total de torcedores apenas 5% estão envolvidos em episódios violentos. Esses devem ser punidos e presos exemplarmente. Os 95% restantes podem e devem se envolver na melhoria institucional de seus clubes. Podemos afirmar com segurança que o modelo aplica-se as três torcidas organizadas, que com perfil popular tem caracteristicas reivindicatórias que, quando utilizados com sabedoria acrescentam e muito.
Muitos afirmam que organizadas são ligadas a dirigentes. OU que são dependentes de quem está na cadeira presidencial. Pois bem. É o caso de exigir que, estas torcidas organizadas, de modo pacífico e ordeiro pressionem por mudanças.
Este Só Dérbi afirmou por diversas que é contra a criminalização das torcidas organizadas. Porque se existem pessoas com más intenções também é verdadeira a constatação que muitos torcedores pobres encontram neste espaço o único para reafirmar os laços de carinho com seu time.
Os maus elementos podem e devem ser retirados. As pessoas bem intencionadas e conscientes devem ser chamadas a participarem do cotidiano do clube.
A revolução bugrina não vira dos gabinetes e sim das arquibancadas. Alguns grupos já entenderam. Ainda bem.
(Elias Aredes Junior)