Análise de Ponte Preta 1 x 0 Operário (PR): não há como sonhar com o acesso sem padrão de jogo

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A Ponte Preta jogou um futebol pobre. Decepcionou novamente o seu torcedor. Venceu o jogo com o Operário (PR) nos minutos finais, é verdade, mas é quase impossível que algum torcedor considere que a produção no gramado seja suficiente para retornar a divisão de elite em 2020.

O técnico Jorginho precisa ser cobrado. Não dá para adiar. O seu esquema com três zagueiros deixou a equipe lenta e previsível desde a saída de bola. Pior: sequer utilizou alguns dos trunfos que tem a disposição.

Se o Operário marcava forte e não andava a jogada de toque e progressão, porque não utilizar o lançamento longo e aproveitar a vitalidade do lateral-esquerdo Abner? E Airton, zagueiro titular, tem uma capacidade impar para executar o lançamento longo, algo feito no Avaí em muitas oportunidades.

Em varias passagens do jogo, a armação das jogadas ficava a cargo do zagueiro Renan Fonseca. Motivo? Os armadores marcados de modo consistente e Edson protagonizava um festival de passes errados. Sinal de que a Alvinegra está fora de sintonia com os novos tempos, em que o volante Brucutu tem pouco espaço. Um volante mais técnico e com passe  faria diferença.

Não vou ignorar que Rafael Longine poderá entrar e Roger pode ser a peça que faltava para desequilibrar. Não é pouco. Assim como Facundo Baptista, apto para a jogada de pivô. Mas o treinador colaborar. Pensar em alternativas. Construir um posicionamento mais compacto quando ocorre a perda da posse de bola.

Demitir Jorginho é a solução? Nada disso. É preciso para o campo e treinar, condicionar e fazer as devidas correções antes do confronto com o Paraná. Mas não dá para esconder o fato de que o técnico pontepretano começa a gastar o “cheque especial” com as arquibancadas. É preciso mudar. Já!

(Elias Aredes Junior)