A definição do novo treinador para a temporada de 2021 dirá muito daquilo que o Guarani pretende para o Paulistão e a Série B do Campeonato Brasileiro de 2021. São duas opções de qualidade, mas com um perfil de carreira distinto.
Se optar por Marcelo Chamusca, o Alviverde demonstrará a intenção de dar um passo a mais na geografia da bola. Traduzindo: talvez chegar entre os oito do torneio regional e brigar pelo acesso na Série B. Não sou eu que diz isso. É a própria trajetória de Chamusca, protagonista de acessos e de campanhas exitosas em competições nacionais. Não viria ao Brinco de Ouro a passeio. O Guarani tem que se mostrar disposto, dentro de suas limitações orçamentárias, a realizar contratações que deixem o time competitivo.
Com Allan Aal, a conversa é diferente. Ex-jogador, teve sua carreira primeiramente no interior paranaense até que tivesse sua chance efetiva como treinador no Paraná. Que teria o carinho do torcedor paranista se só tivesse assegurado a permanência. Seu jogo foi tão sólido que deixou a equipe no grupo de classificação. Uma oscilação e a demissão foi sacramentada.
Evidente que ninguém quer ser coadjuvante em esporte de alto rendimento. Se Allan Aal for contratado, a expectativa é que ocorra, na pior das hipóteses, a repetição do patamar da temporada que se encerrou.
Em suma: decisão do Torneio do Interior e manutenção na Série B. Pode crescer e surpreender? Lógico. Mas certamente ninguém espera campanhas avassaladoras, o contrário do que se aguarda com Marcelo Chamusca.
Marcelo Chamusca ou Allan Aal? Manutenção de patamar ou crescimento técnico e esportivo? Esta é a escolha da diretoria bugrina para os próximos dias.
(Elias Aredes Junior)