Análise Guarani: antes de Régis existia a apatia e o pessimismo; com o camisa 78, a esperança voltou!

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Principal liga de basquete do planeta, a NBA começou a ser transmitida no Brasil em meados da década de 1980 e teve sua explosão de audiência na década seguinte. Ao ser transmitido pela tv aberta, os jogos do Chicago Bulls chamavam atenção. Por um motivo: Michel Jordan. Quando ele estava em quadra, parecia que a equipe praticava um basquete de outro planeta. A partir do instante que ele sentava no banco de reservas, a queda de rendimento era brutal. Ou víamos um time comum, sem brilho.

Guardadas as devidas proporções, algo semelhante foi assistido no Brinco de Ouro na sexta-feira, quando o Guarani goleou o Avaí por 4 a 1. No primeiro tempo, o que vimos foi um time batalhador, com muita transpiração, dedicado a retomar a posse de bola e que tinha alguns erros na execução do passe. Equipe brigadora, que não fugia do embate. Típico de Série B. A equipe fez 1 a 0 com Matheus Barbosa e continuou a batalhar por cada palmo de chão.

Veio o intervalo, o Avaí fez alterações, empatou o jogo e despejou uma ducha de água fria na cabeça do Guarani. Eis que Régis é acionado no lugar de Neilton.

Surgiu um outro time.

Rápido, com troca alucinante de passes e que teve eficiência. Fez mais três gols como poderia ampliar ainda mais a goleada. O camisa 78 deu as cartas: armou, virou o jogo, fez passes em profundidade e liderou. Tudo isso de um jogador que chegou em um dia, treinou em outro e fez a diferença. Parecia que estava no Brinco de Ouro há meses.

A atuação de Régis provoca duas conclusões. A primeira é que ele em forma e com sequência de jogos poderá elevar o patamar técnico do Guarani e deixá-lo muito competitivo para brigar pelas posições dianteiras da classificação. Qual patamar? Só o tempo irá dizer.

O segundo conceito é simples como água: Régis nos fez enxergar como toda a comunidade bugrina-inclusive a imprensa- acostumou-se com rendimento medíocre dos últimos armadores que vestiram a camisa 10. Pois é. Antes de Régis existia conformismo. Com Régis, a esperança de dias melhores voltou. Não é pouco.

(Elias Aredes Junior-Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)