Análise Guarani: Mauricio Souza fez muito com pouco. Merece aplausos. Pode melhorar? Muito. É o C.A deixar

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Expectativa e realidade são conceitos balizadores. Estabelecem parâmetros. Uma conversa franca com o torcedor bugrino: quando o Paulistão iniciou no dia 15 de janeiro, você tinha expectativa de classificação às quartas de final? Confiava na capacidade técnica da equipe? Ou estava preocupado com o rebaixamento? Pela ausência de recursos e pela ineficiência do Conselho de Administração em melhorar a quantidade de dinheiro para reforços, não existia outra saída senão a de buscar fazer mais com menos.

O grupo com Santos, Portuguesa e Red Bull Bragantino teve baixo nível técnico. Concordo. Os jogos eram pobres e a pontuação idem. O Guarani em determinado momento foi além da lição de casa e entrou em um patamar de esperança que poucos imaginariam. Os empates contra Novorizontino, Velo Clube e Corinthians geraram sentimentos antagônicos: a sensação de dever cumprido (a permanência) e a frustração de deixar escapar uma vaga que estava ao alcance. Só que não se pode perder de vista: o Guarani não passou sufoco de rebaixamento. A campanha foi estável e sólida, apesar das limitações.

No centro da análise está o técnico Mauricio Souza. Fez muito com pouco. Dentro de casa, fez uma equipe propositiva e ofensiva. Com limitações? Sim. Mas competitiva, dedicada e com força mental.

Na ausência de um armador, apostou na construção a partir dos volantes e com jogadores de velocidade para explorar o contra-ataque, sendo que João Victor era o protagonista. Não pensou em consequências e viu em João Marcelo, o camisa nove esperado para desequilibrar. Deu certo.

O torcedor bugrino tem direito de encontrar-se triste. Mas não pode e nem deve transformar Maurício Souza em vilão. Hoje, uma boa campanha na Série C passa pela sua prancheta. Que sonho da arquibancada vire realidade.

(Elias Aredes Junior-Foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)