O superintendente executivo de futebol, Michel Alves, tem saldo positivo no Guarani. Talvez seja por este tópico que o dirigente remunerado não esteja no paredão de criticas da torcida bugrina apesar da equipe acumular quatros derrotas em cinco rodadas da Série B do Campeonato Brasileiro.
Indiretamente o seu trabalho foi respaldado por Ricardo Moisés na entrevista coletiva. Todos os reforços estão enquadrados no perfil definido por Michel Alves e que foi reforçado pelo presidente bugrino. “O Guarani busca reforçar seu elenco e temos algumas carências como na lateral-esquerda, meio-campo para dar força na criação e no ataque que precisa reforçar. Vamos buscar nos próximos dias mais três atletas”, analisou Ricardo Moisés.
De acordo com informações do repórter Marcos Luiz, da Rádio Bandeirantes, o lateral Criciúma (ex-Criciúma), o meia Alanzinho (do Palmeiras) e o atacante João Paulo (do Oeste) são nomes que estão na pauta da diretoria. Perceba que mais ou menos têm o perfil daqueles que já estão no Brinco de Ouro. Ou são jogadores que já estiveram na ribalta e buscam um novo lugar ao sol (como foi o caso de Waguininho e agora de Bruno Paulo) ou são jogadores com potencial e que precisam de espaço para crescer. Giovanny encaixa-se neste modelo e também podemos colocar Alanzinho, atualmente no Palmeiras e que poderá desembarcar no Brinco de Ouro.
Por que faço esta explanação? Simples: o quadro para o Guarani seria muito pior se estivesse em crise técnica no gramado e não tivesse uma linha de trabalho. Alguém para orientar e formatar a concepção de elenco e do tipo de trabalho que deseja do treinador.
Entendo a resistência de várias pessoas dentro da cúpula diretiva que não desejam largar Thiago Carpini no meio do caminho. Queiramos ou não ele é o símbolo de uma filosofia, implantada de maneira empírica no ano passado, e que ganhou voz e cara com a chegada de Michel Alves e dos reforços arregimentados.
Destruir tudo sem saber se dará certo aquilo que for colocado no lugar é uma aposta arriscada. Que a reação venha rápido. Para evitar que o Guarani entre na roleta russa da bola.
(Elias Aredes Junior)