As reclamações sobre Ricardinho são gerais. O futebol dele não é o mesmo. A produtividade é baixa em 2019. O atleta vigoroso e destemido do ano passado e que abriu as portas para que virasse capitão são coisas do passado. Em algumas partidas, o camisa oito erra passes e erra no posicionamento na recomposição, algo impensável no passado. Alguns cogitam colocá-lo na reserva. Em definitivo? Não.
Talvez um descanso de dois ou três jogos fizesse bem ao atleta. Mas deixá-lo em definitivo no banco hoje é uma temeridade.
Em primeiro lugar pela carência de atletas com suas características. Sua velocidade e transição ofensiva são raras no futebol nacional. Talvez tivesse dificuldades na Série A, mas na segundona nacional é peça preciosa.
Reforço o que já disse anteriormente: uma parte da má produção de Ricardinho deve-se ao estilo de trabalho imposto neste ano. Primeiramente com Osmar Loss, que escolher montar uma equipe robótica, em que os atletas não tinham liberdade para explorar os espaços que não fossem aqueles pré-determinados. Você consegue imaginar Ricardinho fluir neste contexto? Não.
Depois Vinicius Eutrópio considerou melhor fazer um revezamento entre ele e Deivid não parte ofensiva. Ou seja, um vai à frente e auxilia na armação enquanto o outro fica resguardado. Basta recordar os jogos e verá que Ricardinho tem imensa dificuldade para executar a tarefa. Não falta dedicação, mas o fruto não é o mesmo.
O caminho seria executar o procedimento de Umberto Louzer, quando deu liberdade total para o atleta chegar na grande área, cujo ápice foi o gol de acesso contra o XV de Piracicaba.
Existem horas é que preciso entender o jogador e seu estilo. É o caso de Ricardinho.
(Elias Aredes Junior)