Vitórias no futebol devem ser comemoradas e contextualizadas. Enumerar as virtudes, os defeitos e o poder de fogo do oponente. O torcedor bugrino está em estado de graça devido a vitória contra o Avai por 4 a 1. Vai passar um final de semana em alto astral.
No entanto, não pode se iludir.
O próximo sábado reserva um confronto com o Ceará que, na prática será um teste interessante para o trabalho de Bruno Pivetti.
O Avaí não foi? Em termos.
O trabalho de Alex Souza têm dificuldades de implementação e os resultados não ajudam, pois a equipe ficou excluída das finais do Campeonato Catarinense e foi eliminado da Copa do Brasil.
O quadro é tão delicado que o time catarinense fez 12 contratações. No entanto, algo deve ser dito em favor do Guarani: o senso de oportunismo. Time fraco ou fragilizado você vence ou goleia. Em novembro não sabemos como Avaí estará, mas é fato que na atualidade a equipe catarinense deu brecha ao Guarani. Que aproveitou. Sem perdão. Palmas.
Para o final feliz ser repetido nas 37 rodadas subsequentes, uma peça será fundamental: o banco de reservas. Percebam: todos os atletas acionados deram conta do recado. De Régis nem precisamos falar. Diego Porfírio participou de jogada de gol e foi ativo. Derek e Isaque demonstraram boa movimentação. Saldo positivo.
O futebol é realizado em altíssima velocidade. O desgaste ocorre em ritmo vertiginoso. Sem jogadores confiáveis na suplência, não há boa campanha que apareça.
A tarefa de Bruno Pivetti é encontrar 16 jogadores confiáveis na parte técnica, tática e emocional.
Na Série B, é esse fator que faz um time ser competitivo. Sem tal ingrediente, é conformar-se com a zona intermediária da classificação ou pela luta contra o rebaixamento. A hora é de aguardar e esperar os acontecimentos. Afinal de contas, nada é mais surpreendente que o futebol.
(Elias Aredes Junior-com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)