Análise: os ingredientes para a Ponte Preta lutar pelo acesso assim como em 2011 e 2014

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Existe um fato inegável: a Ponte Preta gosta de surpreender e desafiar a lógica pelo lado positivo quando disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. Nas duas vezes em que obteve o acesso, o sucesso foi fruto mais de planejamento e dinheiro bem gasto do que elencos robustos e cheio de estrelas.

Apesar da desconfiança reinante pelo péssimo desempenho na fase inicial do Campeonato Paulista, existem alguns predicados e motivos para apostar em uma reviravolta.

Em 2011, a Macaca obteve o acesso com uma folha de pagamento muito baixa e com jogadores desconhecidos arregimentados por Niquinho Martins e comandados por Gilson Kleina, na época com duas boas campanhas no Duque de Caxias e na busca por um lugar ao sol. Foi terceiro lugar e posteriormente fez história.

Três anos depois, a equipe viveu altos e baixos no Paulistão, tinha Márcio Della Volpe como seu principal comandante e embalou de vez após a chegada de Guto Ferreira que, na época, buscava uma afirmação definitiva no mercado brasileiro. Foi vice-campeão e após sua saída dirigiu Chapecoense, Bahia e Internacional.

Neste ano, não há como negar: Doriva está com fome. Quer recolocar-se no mundo da bola como protagonista e apagar a má impressão deixada na sua primeira passagem, quando saiu pela porta dos fundos para dirigir o São Paulo. Marcelo Barbaroti, novo comandante do futebol, desfruta de idêntica situação. É profissional com bons serviços prestados no Novorizontino. A Macaca é a porta do paraíso. Pode ser o passaporte para que se transforme em um executivo renomado.

Os atletas exibem predicados para tal. Em 2001, quem conhecia Renatinho, Josimar e Ricardo Jesus? Antes da bola rolar em 2014, quem apostava no faro de gol de Alexandro? O retrospecto nos faz adotar a cautela e esperar atletas como Júnior Santos desabrocharem, assim como Orinho, a cada dia com produtividade ascendente.

A campanha é de manutenção? Concordo. Outras equipes estão com qualidade técnica superior? Não há dúvida. No entanto, só um demente poderia negar que a Macaca tem predicados para atuar no limite e buscar o olimpo assim como em 2011 e 2014. Basta acreditar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)