Análise Ponte Preta: um empate que gera uma justa e necessária preocupação

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Após o empate sem gols entre Ponte Preta e Internacional neste domingo temos que discutir algo necessário: a possibilidade de evolução do trabalho de campo da atual comissão técnica da Ponte Preta.

Mais: até que o ponto os jogadores são responsáveis pela falta desta melhoria no gramado. Nunca é demais lembrar: após a derrota por 3 a 1 para o Santos, o técnico João Brigatti foi enfático em cobrar os jogadores que, na sua visão, não cumpriram suas funções de marcação e isso facilitou a missão do time santista.

Veio o jogo contra a Internacional de Limeira e o cenário foi assustador. Uma equipe sem uma pegada de marcação adequada, com buracos gritantes quando o ocorria a posse de bola e sem movimentação eficiente no ataque, apesar da escalação de Renato e Jeh. Do outro lado, você tinha uma equipe sem somar ponto na competição, que não tem calendário de Série A ou B e que dominava todas as ações. Pior: estava compacto e aproveitava-se das brechas deixadas pelo setor defensivo da Macaca. Uma equipe limitada, sem dúvida, mas cuja os conceitos de Júnior Rocha funcionavam plenamente. Via-se a mão do treinador. Em contrapartida, a Macaca dependeu do seu goleiroPedro Rocha  para não sofrer a segunda derrota consecutiva.

Não é hora de caça às bruxas ou de encontrar um culpado, mas é preciso detectar os motivos que levam a este quadro de apatia tática e técnica. Se não for estancado, pode culminar em algo perigoso. João Brigatti sabe disso. E precisa trabalhar e inverter o quadro.

Pior do que o resultado é a ausência de evolução. Porque uma equipe com o calendário da Ponte Preta não pensa apenas no curto prazo e sim no médio e no longo. Em resumo: uma boa campanha na Série B começa em janeiro e no Campeonato Estadual.

Os sinais dados até o momento são preocupantes. Evidente a responsabilidade de João Brigatti no processo. Se não ocorrer mudança, eu, você e o treinador pontepretano sabe para quem sobra a bucha.

Então é hora de agir.

Os jogadores precisam ser cobrados. De modo assertivo. Se existe algo aplicado no treinamento e que não acontece nos 90 minutos, quem veste calção e chuteira precisa assumir a responsabilidade e mudar o rumo da Ponte Preta na Série A-1 do Campeonato Paulista. Antes que seja tarde demais.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Leonardo Dias-Pontepress)