Análise: regulamento classifica Guarani e produz álibi para continuidade da Comissão Técnica

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Uma equipe que disputou seis jogos em casa e ganhou apenas um. Técnico contestado e em litigio com a torcida. Derrota no clássico da cidade e pressão em níveis elevados.

Em 11 jogos, são 14 pontos somados e na nona posição da classificação geral. Esse quadro geral descrito e que revela a trajetória do Guarani no Paulistão demonstra que o regulamento foi o responsável direto pela sua volta às quartas de final desde 2012.

É para comemorar?

Evidente.

Especialmente se levarmos em conta o quadro geral da instituição que encerrou o ano passado com um déficit de 17 milhões de reais e por enquanto destinado a montar equipes modestas. Um incentivo para construir uma campanha digna e decente na Série B e que se prenuncia como uma das acirradas da história.

O principal vencedor desta qualificação tem nome e sobrenome: Allan Aal. Ele ganha um álibi para defender o seu trabalho e rebater as criticas da torcida. Perceba que ele é o primeiro treinador que alcança o objetivo desde o retorno à divisão de elite, em 2019. Osmar Loss e Thiago Carpini viveram conjunturas parecidas e não conseguiram a aprovação.

O torcedor do Guarani quer porque quer a saída de Allan Aal. Considero que tal pedido joga contra o próprio Guarani. No ano passado, o time teve Thiago Carpini, Ricardo Catalá e Felipe Conceição.

A cada troca, era evidente a dificuldade do Guarani em encontrar o que desejava no mercado. O derbi, por sua vez, ainda vai oferecer outras duas chances na Série B. Allan Aal poderá se redimir. E comprovar que apostar no longo prazo vale a pena.

(Elias Aredes Junior)