Há duas semanas, o torcedor do Guarani encontrava-se agoniado. Temia pelo pior no jogo contra a Ponte Preta no estádio Moisés Lucarelli. Apesar de encontrar-se revigorado pelo empate com o Sport e a vitória contra o Bragantino, alguns fatores não mudaram.
Pela péssima montagem do elenco comandada por Fumagalli e os problemas de bastidores, o técnico Roberto Fonseca demorou para encontrar uma linha de conduta. No aspecto defensivo forjou um sistema cujo alicerce é o volante Deivid, que certamente retornará ao time titular.
Duro é constatar que não houve tempo hábil para formar um time com variações ofensivas. Por motivos de fragilidade tática e pela qualidade disponível.
O Guarani ficou como o aluno que vai participar do vestibular e de repente verifica que não lápis. Só pode preencher as respostas com caneta. Ou seja, é tudo ou nada. Será uma surpresa se a Ponte Preta não contar com maior posse de bola e o Alviverde ficar com a alternativa do contra-ataque.
Uma das hipóteses é o time ficar atrás da linha da bola e tanto Davó como Vitor Feijão executarem a missão de marcar os laterais pontepretanos Diego Renan e Guilherme. Os espaços devem ser encurtados para congestionar o meio-campo e proporcionar o bloqueio e o passe para Ricardinho ou o armador de plantão, que terá a missão de carregar a bola para trabalhar pelos lados e buscar a jogada aérea com Michel Douglas.
Outra saída é buscar faltas laterais e o cruzamento para o complemento de Michel Douglas ou dos zagueiros Luiz Gustavo e Diego Giaretta, que deve virar titular.
É pouco? Sim, concordo. Foi o próprio Guarani que criou a conjuntura. Cabe a Roberto Fonseca fazer muito com pouco.
(Elias Aredes Junior)