Nesta quarta-feira o técnico Vinicius Eutrópio contabiliza 60 dias de trabalho dentro do Guarani. Em cinco jogos contabiliza uma vitória. Se levarmos em conta que não foram feitas muitas contratações e que o Guarani foi eliminado do Torneio do Interior no dia 28 de março e a estreia na segundona nacional foi no dia 27 de abril, contra o Figueirense, é estranho o treinador dizer a seguinte frase após a derrota para o Criciúma. “É focar nas nossas deficiências, melhorar cada dia mais. Ainda estamos em processo de entrosamento. A gente vai aprendendo para no treinamento ir melhorando”, disse.
Prestem atenção: nos 60 dias de seu mandato no Brinco de Ouro, Eutropio teve quase 30 dias para preparar o time. Apenas no intervalo nos jogos contra Paraná e Criciúma é que ficou em um quadro delicado para focar na parte física. De resto, nenhum tormento. Como acreditar de que o time ainda está em processo de entrosamento?
Não digo que era para apresentar um rendimento notável, mas os problemas ficam cada vez mais acumulados. Os zagueiros não transmitem confiança, o ataque é dependente de Diego Cardoso e Artur Rezende é a única centelha de criação . Pense, raciocine: ele não conseguiu resolver tais entraves mesmo com período de treinamentos e jogos treinos. Não está na hora de cobrança? Eu acho que sim.
Não é à toa que muitos querem sua demissão. Mesmo com o calendário favorável, o time não convenceu em boa parte dos jogos.
O futebol precisa surgir contra o Brasil de Pelotas. Caso contrário, os argumentos tendem a desaparecer. O que seria trágico.
(Elias Aredes Junior)