Intitulado pelo presidente Vanderlei Pereira como “novo Neymar”, Júlio Vitor, de 16 anos, é o nome mais badalado nas categorias de base da Ponte Preta. O atacante, porém, se perdeu na caminhada para tornar-se uma grande estrela. Apresentado com prestigio após brilhar no Rio Branco, mas com pouca idade, é pouco aproveitado no time sub-17.
Após 11 partidas do Campeonato Paulista da categoria, Júlio Vitor esteve presente em apenas 12% dos minutos totais dos jogos disputados. São 113 minutos em seis meses de clube e nenhum gol. Sem entrosamento com os companheiros, não vem sendo relacionado desde o início de maio, quando atuou 25 minutos contra o Bragantino, na goleada por 4 a 1, pela quinta rodada da competição. A comissão técnica alega uma pequena lesão como justificativa do afastamento.
Em dezembro, a Macaca desembolsou R$ 250 mil por parte dos direitos econômicos e contrato até 2019 com Júlio Vitor, que havia sido artilheiro do Paulista sub-17 com o Rio Branco marcando 17 gols e chegando a Seleção Brasileira juvenil, mas em Campinas não obteve o mesmo sucesso. A expectativa no clube era maior. Até por isso, o clube campineiro cogitou a devolução do atleta para o time de Americana, mas o Rio Branco alegou que já havia gastado o dinheiro e não havia mais a possibilidade do ressarcimento.
A contratação do meia-atacante foi realizada para suprir o espaço de Leandrinho, negociado com o futebol italiano no início do ano. Sem vingar e com a perda de espaço, se cogitou ‘dar um passo atrás’ com Júlio Vitor e colocá-lo no sub-15 para seguir em ritmo de partida, mas o recuo não é permitido pelo regulamento. Por isso, passou a atuar pelo Paulista sub-16, o que, no entanto, não agradou aos familiares e empresários do jogador.
Enquanto isso, sem contar com o futebol de Vitor, a Macaca lidera com sobras seu grupo no Paulistão. A equipe tem 33 pontos no Grupo 5 e marcou 43 gols em 11 rodadas disputadas até o momento. O próximo compromisso será contra o Bragantino, dia 24 de junho, no Estádio Wanderley José Vicentini, em Pedreira.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)