Arena Ponte Preta: como fica a situação dos visitantes? E as torcidas organizadas? E quando os rivais estiverem nos jogos?

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As telas de Power Point impecáveis, as explicações feitas por homens engravatados e perfumados e as promessas de uma nova era não impediram que a W Torre e a própria Comissão responsável pela construção pela nova Arena para a Ponte Preta esquecessem de um detalhe fundamental: e os visitantes? E quando ocorrer jogo em que as torcidas organizadas Ponte Preta estiveram atentas em relação ao inimigo histórico? Mais: o que será feito no dia de dérbi? Ou eles acham que torcida única será algo eterno?

Só com esses questionamentos já podemos dizer que na maioria dos jogos com visitantes não será alcançada a lotação máxima de 21236 lugares.

Mesmo que tenha planejamento para receber torcidas de outros times, qualquer neófito em cobertura esportiva sabe que em jogos de grande dimensão a Polícia Militar determina a diminuição da capacidade do local para fazer o devido isolamento do setor que abrigará a torcida visitante.

E após o jogo? O estádio será construído com pensamento de evitar o confronto entre torcidas? O que fazer para que a rodovia Anhanguera não vire um palco de guerra? O esquema de segurança do Majestoso deixa a desejar? Concordo. Agora vale a pena trocar o ruim pelo pior ou por algo de eficiência duvidosa?

Um adendo: a poucos metros do atual Centro de Treinamento do Jardim Eulina existe um posto de gasolina com um espaço para diversos empreendimentos comerciais. Os responsáveis pelo projeto da Arena pensaram nisso? Ou aumentar o ingresso e bloquear o acesso do pobre é a solução de todos os males?

Não adianta tapar o sol com a peneira: torcida organizada existiu e sempre existirá. E a Ponte Preta sempre joga com alguém. E que tem uma torcida. Vender um mundo de fantasia sem pensar na conjuntura só vai atrapalhar a aceitação do projeto.

(Elias Aredes Junior)