A Ponte Preta tenta se reencontrar com o bom futebol e uma indagação é colocada pelos torcedores: quando existirá a contratação de um meia armador? Será que algum dia o autêntico camisa 10 estará de volta? No meio dessas conversas, por falta de opções baratas no mercado, vira e mexe o nome de Renato Cajá surge como a solução de todos os males.
Reconheço que é um assunto delicado e controverso, mas passou da hora da Alvinegra campineira cortar a dependência em relação ao jogador e tudo aquilo que ele representa. Especulações surgiram nas redes sociais nos últimos dias sobre um retorno para breve.
Apesar de a diretoria não declarar nada a noticia ganhou força devido a inoperância de Clayson na função de armador ou a irregularidade de Cristian na reta final do ano passado. Só que a incompetência de alguns não pode fazer com que a Ponte Preta peça socorro para a eterna muleta.
Sim, porque apesar de três passagens pelo clube, Renato teve dificuldades em estreitar um vinculo sentimental. Bastava uma proposta do exterior que as juras de amor eram esquecidas e Cajá arrumava a mala e pegava o rumo do aeroporto.
Você pode alegar que todos os jogadores são assim. Nem tanto. A Macaca teve um exemplo diante do seu nariz: durante toda a temporada de 2015, o volante Fernando Bob recebeu propostas e dizia que não sairia antes de dezembro porque tinha gratidão pela Ponte Preta. Prometeu e cumpriu.
Falamos de camisa 10 para a Ponte Preta e uma parte da arquibancada sonha com a volta de Renato Cajá por um único motivo: as categorias de base não cumpriram com sua função. Quando abrem espaço para algo relevante, de um jeito ou de outro não encontram espaço. Há meses torcedores que acompanham as categorias de base da Macaca afirmam que Ravanelli é garoto de talento raro, a espera de uma chance. “Eu acompanho o Ravanelli desde de sua chegada. Ele é meia armador, com características de um meia de ligação mesmo, um 10. Não é aquele jogador que tem velocidade. Ele é mais de cadência. Gosta de dar passe em profundidade e tem qualidade no chute. Não é aquele meia artilheiro que chama a responsabilidade e tenta chutar um bola difícil. Nessa parte faz o arroz com feijão”, disse Iago Custódio, da Radio Macacada Reunida em declaração a este site.
Pergunta: por que sonhar eternamente com a postura blasé de Cajá ou derramar milhões de reais para um desconhecido se a solução pode estar dentro do clube? Está na hora da Ponte Preta priorizar aquilo que realmente merece. (análise escrita por Elias Aredes Junior)