CBF institui punições contra casos de racismo nas Séries A,B e C. Antes tarde do que nunca…

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O futebol brasileiro deu um passo nesta terça-feira em direção a civilização. Ao término de práticas medievais e de tratamento de alguns seres humanos como cidadãos de segunda categoria, o que é nojento.

Em decisão unilateral, a Confederação Brasileira de Futebol institui nos regulamentos de suas decisões um escalanamento de punições para clubes que estiverem envolvidos em atos de racismo.

De acordo com a lei,  no primeiro caso de racismo registrado em qualquer partida, o clube será punido com multa, cujo valor ainda será divulgado. No segundo caso, o clube perderá mando de campo ou jogará com portões fechados. No terceiro caso, perderá os pontos, ou seja, pode ser um fator decisivo para o destino.

Você pode alegar que os dirigentes não foram ouvidos. Pois é. Mas sempre que veiculos de comunicação procuram respostas para estas questões, os dirigentes fingem que não é com eles ou simplesmente não respondem. Então já que não querem decidir que alguém decida por eles.

Enquanto isso, jogadores são insultados, almas são feridas e os casos de racismo se perpetuam. Pode dar errado? Pode. Pode ser um tiro n´água? Concordo. Mas não ficou omisso diante do problema. Já é muito.

As pessoas que discutem indefinidamente o assunto ou por vezes são contrários aos modelos de punição, no fundo, não querem resolver nada. Indiretamente dão aval a impunidade. A lei pode ter problemas? Pode. Mas é um passo. E para terminar um toque: colocar apenas jornalistas brancos para discutir o assunto não é de bom tom. Os profissionais negros podem e devem participar desta discussão.

(Elias Aredes Junior com foto de CBF/News)