Clubes brasileiros começam a declarar luta contra a discriminação racial. Por que o futebol campineiro não faz o mesmo?

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O Observatório da Discriminação Racial no Futebol é uma Organização Não Governamental com um trabalho importante. Faz relatórios anuais sobre casos de racismo e de discriminação em todo o Brasil. Seus documentos são importantes pois servem de embasamento para investigações conduzidas pelo Ministério Público e pela Justiça.

E a entidade lançou uma campanha oportuna, que é a de convidar os clubes a se engajarem na questão. Para aderir, basta colocar o selo da entidade na camisa de jogo. Grêmio, Internacional e Bahia já fizeram suas adesões e a esperança é que nos próximos dias outras agremiações estejam engajadas.

Não sei se a campanha engloba clubes da Série B do Campeonato Brasileiro mas considero que Ponte Preta e Guarani deveriam fazer um esforço para aderirem. Existem motivos históricos para tal postura.

A Ponte Preta teve a primazia de ser um dos primeiros clubes a aceitarem jogadores negros. Formou uma base popular de torcedores e deu um chute na discriminação quando encampou o apelido de Macaca. Quer time mais adequado para estampar o selo de luta contra a discriminação racial?

O Guarani não fica atrás. Sua adesão seria importante por alguns motivos. O primeiro porque a luta contra a discriminação seria uma bandeira histórica. Serviria também para homenagear dirigentes negros, como os  presidentes Jaime Silva e Palmeron Mendes Filho. Sem contar o espaço aberto para craques do naipe de Jorge Mendonça.

Os dirigentes do futebol de Campinas falham em todos quesitos. Poderiam marcar este gol de placa a favor da cidadania.

O site da ONG é o https://observatorioracialfutebol.com.br/

(Elias Aredes Junior)