A Ponte Preta está prestes a contratar o lateral-esquerdo Diego Renan e o centroavante Hugo Cabral. Dois jogadores que atuaram na Série B do ano passado e por times que tiveram desempenhos distintos. O atacante celebrou o acesso do time alagoano enquanto que o defensor nas últimas rodadas pegou a calculadora para não ser rebaixado.
Importa analisar o simbolismo das aquisições. O que pretende a diretoria pontepretana com tais medidas. Em resumo digo que é a de vencer os jogos em casa e ostentar um alto índice de aproveitamento no final do ano.
A Macaca disputou 57 pontos em casa durante a Série B e perdeu 27. Foi o diferencial para ficar mais um ano na segundona. Em contrapartida, o CSA foi o quarto melhor mandante com 34 pontos acumulados. E por que? Dentro de casa, Marcelo Cabo tomava a iniciativa de jogo e utilizava as jogadas pelos lados, sempre acionados por Daniel Costa, que por vezes forçava cobranças de bola parada.
Neste cenário Hugo Cabral era útil por sabia colocar-se dentro da área. Pense que no ano passado a Macaca tinha atletas de força ou velocidade. Não tinha alguém preparado para a clássica sobra dentro da área. Com Hugo Cabral a história pode ser diferente, especialmente porque tem bom poder de conclusão de longa distância.
Digamos que Diego Renan será um complemento do plano. Jogador ofensivo e que sabe trabalhar a triangulação, tem uma técnica mais apurada para a Série B. Pode ser útil especialmente se Mazola souber preparar blitz que encurralem o oponente dentro de casa.
Vai dar certo? Não sei. Mas a tentativa de planejamento é válida.
(análise feita por Elias Aredes Junior)