A Ponte Preta deverá anunciar nos próximos dias a contratação de um coordenador de futebol. A reportagem do Só Dérbi apurou que será o responsável em realizar a intermediação entre o elenco e a diretoria executiva. Pode parecer uma mudança de nomenclatura. Não é.
O executivo de futebol dos tempos atuais tem controle sob absolutamente tudo que é relacionamento ao Departamento de Futebol Profissional. Realiza as contratações de jogadores e comissão técnica, define a linha de trabalho de campo, faz ingerências no departamento de marketing e por vezes até no jurídico. É um todo poderoso que é bem remunerado para produzir resultados.
Na Ponte Preta, vários nomes executaram a função. Todos saíram pela porta dos fundos. Em determinado momento por culpa de suas próprias escolhas; em outros por incompreensão da comunidade pontepretana em relação a linha de trabalho do profissional.
O coordenador será diferente. Ele vai estabelecer o diálogo com a diretoria executiva, vai ficar de olho na execução do trabalho nos vestiários e no gramado mas terá a necessidade de compartilhar o poder.
Essa é a principal diferente. O coordenador de futebol terá peso nas decisões, mas a palavra final será do presidente. Leia-se: Marco Antonio Eberlin. Sem o seu aval e autorização nada vai acontecer.
Existe um lado positivo, que é da definição de um comando central para a tomada de decisões. Por outro lado, essa mesma metodologia poderá produzir ruídos caso os conceitos de futebol não estejam alinhados entre o presidente e o coordenador de futebol.
Em um clube em péssima condição financeira e com intensa disputa política é díficil apostar no êxito de qualquer ideia. Mas a coragem de fazer uma tentativa não pode ser ignorada. Ainda mais nesta tempestade constante que é a Associação Atlética Ponte Preta.
(Elias Aredes Junior- foto de Diego Almeida-Pontepress)