Com respostas curtas e diretas, o técnico do Guarani, Ricardo Catalá colhe dois dividendos. O primeiro é evitar a declaração de alguma frase que gere dor de cabeça. O segundo efeito é de certa proteger os jogadores que ainda necessitam de espaço. E evitar polêmicas desnecessárias.
Quantas e quantas vezes o torcedor bugrino viu o time envolvido em processos de clamor pela entrada de um ou outro jogador. E a resposta do treinador era um discurso sem poder de convencimento. Pior: indiretamente colocava água na fervura.
Veja como Catalá tratou o caso do armador Alanzinho, emprestado junto ao Palmeiras. Em nenhum momento da entrevista coletiva antes duelo contra o Confiança (SE) ele descartou o jogador ou fez declarações protocolares.
Pelo contrário. “Alan (Guimarães) é um grande jogador e um menino talentoso. Eu tenho converso muito com ele a respeito de algumas coisas que ele precisa entrega no treinamento para conseguir um espaço maior. São conversas boas. É um menino com cabeça bacana e está com vontade de aprender e de entregar aquilo que falta”, afirmou.
Foi mais longe. Deu o código: se corresponder nos treinamentos, a oportunidade vai aparecer. “Eu tenho certeza absoluta que é questão de tempo para ele ter o espaço que merece. Tudo o que aconteceu antes da minha chegada não me compete e não me pertence”, completou.
Alanzinho deve encarar o Guarani como faz o seu comandante: uma oportunidade de ouro para virar a carreira e dar um salto. Se entender tal conceito, todos vão ganhar.
(Elias Aredes Junior- foto de David Oliveira-Guaranipress)