Como explicar a ausência de Wendel no time titular da Ponte Preta?

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Empatar com o Avaí doeu na alma do torcedor pontepretano. A alvinegra não balançou as redes diante de um adversário que faturou quatro pontos dos últimos 15  que disputou e encontra-se na zona de rebaixamento. Pior: se levarmos em conta a derrota para o Atlético-GO já são cinco pontos perdidos para equipes integrantes da região da degola. Existiam desfalques e o poder de fogo estava limitado. Uma conjuntura que evidencia a necessidade de uma pergunta capciosa: por que Wendel não é mais escalado no time titular?

Se o jogador foi excluído por lesão na estreia diante do Sport e depois na derrota para o Botafogo, a sequência do Brasileirão demonstrou por A mais B a importância do atleta. Wendel atuou como titular no empate contra o Atlético Mineiro, nas vitórias contra São Paulo e Chapecoense e no revés para o Atlético-GO. Bem ou mal, o aproveitamento com sua presença no gramado ficou em 58,33%. Em contrapartida, Wendel começou no banco de reservas nas derrotas para Flamengo e Palmeiras, no empate contra o Santos e Avaí e no triunfo sobre o Cruzeiro.  Traduzindo: aproveitamento de 33,33%.

Não é apenas a Matemática que grita sua presença no gramado. Além de sua liderança e posicionamento no gramado, o volante tem bom passe, sabe atuar como elemento surpresa e de quebra consegue orientar os mais jovens.

Um equívoco que fica  evidenciado quando observamos as características de Naldo e Jadson. São bons marcadores e só. Não  colaboram com o setor de criação e mostram uma recomposição que não atendem os requisitos do futebol moderno.

Entendo e compreendo a decisão de Gilson Kleina de apostar na força defensiva como trunfo para campanha no Brasileirão. Tal estratégica fica debilitada sem volantes com categoria, técnica e capacidade de inverter o quadro quando os armadores estão marcadores. O passe inicial já melhorou com a presença de Fernando Bob e poderia ser ainda mais eficiente se Wendel estivesse na posição de segundo volante.

Deixar infinitamente Wendel no banco de reservas  e não utilizá-lo de modo efetivo, por maior número de minutos é uma escolha equivocada. Dá mais um passo para dar campo ao adversário e deixar a Macaca pressionada. Contra o Santos e Avaí o ferrolho deu certo. Não é todo dia que tem pão quente na padaria. Wendel é a garantia de execução do plano com maior eficiência. E possibilidade de criação. Não é pouco.

(análise feita por Elias Aredes Junior)